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Opinião
08/10/2013 - 07h00
O dever de conter a baderna
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A desobediência civil tornou-se fato corriqueiro em nosso país. Todos os dias, temos notícias de manifestações com diferentes objetivos, que fecham o trânsito, depredam o bem público (e o particular também), sem que os responsáveis sejam devidamente cobrados pelas agressões. Confunde-se o direito de reivindicar com a baderna e o crime contra o patrimônio. E as autoridades e responsáveis pela manutenção da ordem pública, comodamente, entendem que tudo faz parte do direito reivindicatório quando, na verdade, não é isso. Governos e autoridades têm o dever de garantir a manutenção da ordem e punição aos transgressores, e prevaricam quando não o fazem.

Os responsáveis pelas manifestações e queima de veículos ocorridas nesta segunda-feira no Morumbi (SP), independente do que reivindicam, têm de ser identificados e processados pelos excessos cometidos. Da mesma forma, o Estado tem o dever de agir com todos os que promovem quebra-quebra, danos ao patrimônio ou o colapso urbano. Suas reivindicações têm de ser respeitadas, mas seus arroubos e agressões não podem ser tolerados, pois banalizam o Estado e enfraquecem a autoridade pública.

Por mais desobedientes civis que tenham sido na juventude ou quando na oposição, os homens e mulheres que hoje estão no governo ou ocupam cargos nas áreas de segurança, justiça e afins, não podem admitir a badernização das reivindicações. Devem, pelo contrário, estar atentos aos pleitos da população, receber representantes dos movimentos, com eles dialogar e, na medida do possível, resolver seus problemas. Mas nunca capitular e deixá-los cometer os crimes que hoje se presencia por toda parte.

Ao mesmo tempo que vemos na TV, ouvimos no rádio e lemos nos jornais as notícias sobre as manifestações violentas e suas conseqüências à população, encontramos nesses mesmos veículos farto noticiário sobre as mudanças partidárias e a deflagração antecipada da campanha eleitoral de 2014. Os governantes não devem se esquecer de que, hoje, sua obrigação é fazer o trabalho prometido nas eleições passadas. Só deveriam debruçar sobre as eleições de 2014, a partir de julho do próximo ano, quando começará a propaganda eleitoral. Até lá, tudo o que se falar sobre o assunto é indevido, até ilegal. Esse é um dos bons motivos para se acabar com a reeleição: o político deve se desincumbir dos compromissos já assumidos e, só depois disso, correr atrás de novas tarefas...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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