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Pets
11/10/2013 - 18h01
Ter réptil em casa proporciona grande satisfação
 
 

Quando se fala em animal de estimação, a imagem que vem à cabeça é de cachorros, gatos, aves ornamentais, peixes ou pequenos roedores. Mas um grupo grande de pessoas busca répteis para ter em casa. A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação – Abinpet (www.abinpet.org.br) incentiva a posse responsável desses bichos, desde que adquiridos de forma legal. Se essa ideia soa estranha para muitos, para outros o amor por um lagarto ou uma serpente é tão seguro e engrandecedor quanto por qualquer outro pet.

“Quem me pediu uma jiboia foi meu filho, que tinha sete anos na época”, afirma Fernando Braidotti. O filho do diretor de TI soube da possibilidade em um programa de TV e ficou fascinado. Após a insistência do pequeno, Braidotti descobriu um comércio legal desse tipo de animal. Hoje, quatro anos depois, ele garante que foi uma ótima decisão. “O melhor é ver meu filho crescer sem preconceitos. Ele só mexe com ela na minha presença, mas não tem o estigma de achar alguns animais ruins. Poucas crianças da idade dele tem esse conhecimento da natureza.”, explica.

O veterinário e criador de répteis Bruno Ville confirma os benefícios da relação entre uma criança e um réptil. No entanto, ressalta que esse contato deve ser supervisionado de perto por um adulto. “Como os pais em geral tem medo desses animais, seja por questões religiosas, seja por desconhecimento, as crianças acabam crescendo com uma visão negativa dos répteis. Quando uma serpente aparece, a primeira reação costuma ser de medo, muitas vezes acompanhada pela necessidade de matar o animal, visto como uma ameaça. Já a criança que cresce tendo contato desde cedo com um réptil, desenvolve carinho e respeito por ele, o que reforça o sentimento de amor pela natureza e um forte senso de proteção a todas as espécies. Tanto é verdade que a maioria dos defensores desses animais também possui cães e gatos”, afirma o especialista.

Desde 1998 é proibido importar répteis exóticos no Brasil, salvo para zoológicos. Hoje, essa venda é permitida apenas para espécies da fauna brasileira, nascidas em ambientes controlados. Geralmente, os plantéis dos criadouros comerciais são formados com animais comprados de outros criadouros ou entregues pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), quando oriundos de apreensões do tráfico. Mas sua comercialização é proibida, eles são usados para reprodução e seus filhotes nascem em cativeiro. “Quando ocorre uma apreensão, as autoridades têm como primeira conduta a soltura na natureza. No entanto, em caso de impossibilidade, destinam o animal prioritariamente para zoológicos, criadouros conservacionistas e instituições científicas. Se ninguém puder dar abrigo, vão para os criadores que podem usá-los para começar a reprodução”, explica Ville.

A motivação para se ter um réptil em casa se explica com a paixão pela observação da natureza, assim como no caso de quem cria peixes ornamentais. A serpente e o lagarto não criam laços afetivos com o dono. No entanto, se acostumados com a presença humana e manuseio esporádico, a maioria deles fica praticamente tão dócil quanto qualquer outro.

“Eu manuseio sempre minha jiboia. Por isso ela é calma e posso levar na casa de amigos e estimular o contato”, afirma o empresário Fernando Amizes. Ele conta que sua fascinação por animais considerados exóticos começou na infância, no sítio do tio, ao ver serpentes e aranhas em seu habitat. Mais velho, passou a criar em casa três serpentes e um lagarto. “O meu motivo de tê-los é observar sua evolução e comportamento, da fase inicial até a vida adulta. É muito interessante ver como esse animal ancestral se comporta”, pondera Amizes.

A condição fundamental para se criar répteis é ter um bom terrário de madeira ou vidro, com sistema de aquecimento, pois são animais de sangue frio e precisam da fonte externa de calor. A alimentação varia. As cobras, por exemplo, comem apenas em um período entre 7 e 15 dias. Essa alimentação deve ser por ratos inteiros, que também são comercializados, pois dessa forma elas conseguem suprir a demanda biológica pelos diversos tipos de nutrientes. “Não é difícil criar esses animais, pois há uma infinidade de equipamentos específicos no mercado e eles se adaptam muito bem ao ambiente doméstico. Acompanhar a vida deles é uma fonte de satisfação inesgotável”, finaliza o veterinário Ville.

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