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Opinião
15/10/2013 - 17h01
Corrupção, a metástase nacional
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Repercutem as informações sobre as atividades do PCC, especialmente de que planejava a morte do governador e o resgate de seus presos no regime de segurança máxima. O Governo, o Ministério Público e a polícia de São Paulo abortaram as ações. É obrigação das autoridades e do poder constituído, com eficácia em todas as suas esferas, combater tanto essa como as demais organizações criminosas em operação no país. E não somente as dedicadas ao tráfico e drogas ou armas e sediadas no seio do sistema prisional. Também é seu dever enfrentar sem trégua, com rigor, as diferentes formas de corrupção e ações que minam o poder de organização e controle do Estado Brasileiro.

As organizações e facções criminosas só existem por causa da incompetência, inoperância e - pasmem - até do interesse político-eleitoral de governantes que fizeram vistas grossas aos crimes ocorridos sob suas barbas. Décadas atrás deixou-se de combater o jogo-do-bicho e, protegidos pelos esquemas de propina a quem tinha o dever de coibi-los, os bicheiros ganharam poder e passaram a se matar pela disputa de território. Não tardou para o narcotráfico começar a usar a estrutura dos bicheiros e potencializar sua letalidade. Bicheiros e traficantes tornaram-se personalidades no mundo social e beneméritos de atividades assistenciais e culturais, custeando-as com o seu dinheiro sujo.

O Estado, omisso e incompetente, aceitou as benesses ao povo por ele abandonado e, a partir daí, os criminosos tornaram-se “donos” de territórios. Hoje, além de bicheiros e traficantes, atuam os milicianos, quadrilhas de diferentes segmentos e, de quebra, ainda há a corrupção onde funcionários e autoridades recebem vantagens para deixar de fazer o que é de sua obrigação. As investigações estão recheadas de casos dessa natureza.

A contravenção e o crime só prosperam quando há a omissão. A corrupção é a mãe de todos os males. O noticiário está repleto de casos de concorrências e licitações viciadas, mensalões (ainda pendentes), sanguessugas, tapiocas e outros crimes que se cometem desde o simples presente ou agrado ao servidor público até as grandes fraudes identificadas nas prefeituras, governos estaduais e federal e nas casas legislativas. Combater o PCC e todo o crime organizado é preciso. Mas não se pode esquecer de fazer o mesmo com todos os focos de corrupção de norte a sul do país. Comparado à maldita corrupção - chaga maligna de nossa sociedade - o crime organizado, apesar de grave, não passa de um filme de temática infantil...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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