Como estava previsto, vivemos a fase das grandes transformações no mundo. Algo complexo e grave está acontecendo com o planeta. Causa estranheza que, em sua pressa, as pessoas em geral não estejam observando que as geleiras estão derretendo com o descomunal aumento da temperatura, enquanto alguns rios e lagos estão secando e os desertos aumentando. Quem está preocupado com o misterioso desaparecimento das abelhas, tão essenciais para a produção agrícola? Por milênios o ser humano tem sido displicente quanto ao reconhecimento do significado da Criação e suas leis perenes e imutáveis, bem como do sentido da vida. Diante de tantos problemas que enfrentamos no dia a dia, dizem alguns pesquisadores que devemos usar o poder da mente. Isso não é a solução; o que deveríamos fazer é usar o grande poder das leis da Criação, que atuam independentemente do nosso querer, podendo derrubar-nos ou elevar-nos, conforme a espécie do nosso modo de ser e agir. Devemos manter a mente serena. Quanto mais nos preocupamos, mais o problema que nos aflige parece aumentar, se afigurando enorme, de difícil solução, acima de nossa capacidade. Parece que vai nos derrubar com a sua pressão crescente. Na base está o foco dos pensamentos atraindo formas atormentadoras de igual espécie. Sentimos que não temos a mínima confiança diante das ameaças reais ou imaginárias. Assim, o medo se instala de forma destrutiva. O que se poderia fazer? A resposta é buscar a quietude e a conexão com o nosso eu eterno. Confiar na atuação das leis da Criação, buscando auxílio com humildade, bloqueando os pensamentos atormentadores, confiante na força da Luz, mudando de sintonia. Dessa forma, a serenidade ocuparia o lugar do caos em nossa mente, nos fortalecendo, quebrando o ciclo vicioso dos pensamentos destrutivos. Não podemos agir como se fossemos robôs. Precisamos ter flexibilidade. Nada de rigidez na forma de pensar e agir. O ser humano precisa ser ágil, flexível, ter bom senso, consideração, sem ficar desorientado quando os acontecimentos fogem do controle. Estar atento, vigilante, duplamente alerta, espiritual e materialmente. No turbilhão da pressa sempre crescente, as pessoas estão perdendo a capacidade de enfrentar as dificuldades de forma serena, esquecendo-se que a vida sempre avança, trazendo novos acontecimentos. Nos momentos de crise, muitas pessoas dão vazão à sua grosseria, achando que tudo podem, usando como desculpa o próprio temperamento. Falta clareza. Na vida sempre surgem imprevistos para serem contornados. Falta-nos aceitação para com os acontecimentos desagradáveis. Nada nos atinge por acaso. São vivências pelas quais temos de passar. Sem aceitação nos colocamos contra, muitas vezes agravando a situação pela resistência. Levantar a cabeça, respirar serena e ritmicamente. Não se deixar abater pelas adversidades. Com boa vontade, tudo poderemos superar, evoluir e nos alegrarmos, criando à nossa volta um ambiente tranquilizador de confiança no poder das leis do Nosso Criador. Dessa forma, no futuro, estabeleceremos a paz e a felicidade. Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, e associado ao Rotary Club São Paulo. Realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros “Conversando com o homem sábio”, “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”, “O segredo de Darwin”, e “2012...e depois?”. E-mail: bicdutra@library.com.br.
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