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Opinião
31/10/2013 - 07h00
Risco de quebra institucional. É melhor evitar
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O ministro da Justiça vai reunir-se com os secretários da Segurança Pública de São Paulo e Rio de Janeiro, para definir ações conjuntas de combate aos baderneiros, audaciosos criminosos que, com objetivos claramente políticos de linha ainda desconhecida, tomam de assalto as manifestações deixando aterrorizada e fazendo refém a população. Mas, além das providências relativas aos efeitos ora sentidos, aquelas autoridades não devem deixar de analisar com profundidade as causas e, principalmente, identificar os motores e os objetivos de toda essa insurreição. Não devemos esquecer de que uma das estratégias para vencer ou acabar com a guerra é cortar a linha de suprimento e abastecimento do inimigo.

Não se pode ignorar que, nos últimos anos, grupos radicais já tentaram, por diferentes meios, desmoralizar as ações do Ministério Público, da Polícia Federal, OAB, Igreja, Polícias e Governos Estaduais e de vários outros pilares da sociedade. Como ainda não conseguiram, mas o objetivo permanece, essas mesmas forças contrárias podem, muito bem, estar hoje disfarçadas por trás dos desordeiros mascarados que desvirtuam e confundem as legítimas e pacíficas manifestações da sociedade. É preciso, com toda urgência, identificá-los e fazer cessar imediatamente sua ação e aplicar os rigores da lei sobre todos os que restarem confirmados como estrategistas e/ou financiadores do caos social.

A autoridade constituída deve à população a manutenção de um ambiente onde o cidadão e sua família possam viver, trabalhar, estudar e ter o seu lazer. Não pode admitir que, a qualquer pretexto, grupos radicais fechem vias públicas, depredem equipamentos públicos ou particulares e, principalmente, periclitem o sagrado direito de ir e vir. Toda vez que isso ocorre, há a necessidade de uma justa reação do Estado, por seus meios persuasivos e, até, coercitivos.

As manifestações populares devem ter local definido, hora para começar, hora para terminar e um objetivo. Nessas condições, são credoras de todo o apoio de segurança. Mas quando degeneram, tornam-se ilegais e têm de ser reprimidas, em nome da ordem pública. Porém, o mais importante é conhecer os autores intelectuais e financeiros de todo esse processo e fazê-los parar, antes que a situação se torne absolutamente insustentável e o controle só seja possível com a quebra da ordem institucional. São Paulo e Rio de Janeiro, pelos que temos visto, já padecem dessa relativa falta de controle. Nossa história registra muitos momentos onde, por menos do que tem ocorrido nos últimos dias, o remédio amargo da quebra institucional teve de ser usado, com conseqüências imprevisíveis no momento de sua aplicação. Pode resolver, mas é melhor evitá-lo...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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