Com a chegada da Páscoa, é difícil controlar o consumo exagerado de ovos de chocolate entre as crianças. Dos mais variados sabores e tamanhos, os ovos podem acabar substituindo as refeições, se os pais não forem cuidadosos. Ainda que benéfico se consumido com moderação, o chocolate contém grande quantidade de gordura e açúcar (o diet tem o mesmo valor calórico, apesar da ausência de açúcar). Para evitar abusos, o ideal é que as crianças sejam estimuladas a repartir os ovos entre a família. Caso contrário, a guloseima deve ficar sob monitoração dos pais. "Outra idéia é negociar os dias de consumo, alternando com dias de brincadeiras de rua, em que a criança gaste a energia ingerida", sugere a nutricionista Flávia Bulgarelli Vicentini, da clínica Espaço Leve - Núcleo de Prevenção e Tratamento da Obesidade Infanto-Juvenil, de São Paulo. Uma boa alternativa para evitar o excesso na Páscoa é fazer um acordo entre pais e familiares, que eles presenteiem os filhos com ovos de chocolate, e os outros familiares ofereçam outras opções de presente, por exemplo, os coelhinhos de pelúcia. Crianças com menos de um ano devem ficar longe de chocolate e, mesmo a partir dessa idade, o consumo deve ser moderado, para evitar riscos de diarréia, náusea, má digestão, alergia alimentar (coceira e irritação da pele ou problemas respiratórios). "Quanto mais cedo oferecemos alimentos com pouco benefício nutricional, mais estimulamos a formação de maus hábitos alimentares", alerta Lílian Zaboto, pediatra da clínica Espaço Leve. Ou seja: o cuidado desde cedo com a alimentação das crianças pode prevenir aumento de peso, aumento de triglicérides, colesterol e doenças cardiovasculares no futuro. Sugestão para o consumo de chocolate entre crianças: • 3 anos 1 bombom pequeno 2 vezes por semana • 4 a 6 anos 2 bombons pequenos, ou 1 fatia pequena de chocolate 2 vezes por semana • 7 anos ou mais 2 bombons médios ou 1 fatia de chocolate, até três vezes por semana Fontes: Drª Flávia Bulgarelli Vicentini é Nutricionista da clínica Espaço Leve, realizando orientação nutricional no tratamento e prevenção da obesidade infanto-juvenil. Graduada pela Universidade Católica de Campinas em 2000, com especialização em nutrição materno infantil pela Unifesp/EPM, onde realizou trabalhos na área de suporte nutricional, distúrbios do apetite, distúrbios do crescimento e obesidade. Drª Lilian Simone Gonçalves Zaboto é Pediatra responsável pelo Espaço Leve, Título de Especialista em Pediatria conferido pelo MEC, Especialista em Obesidade Infantil, membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade) e SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).
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