Se seu cão já teve berne, você deve imaginar quão incômoda é a situação. O berne se caracteriza por ser uma larva única (em alguns casos o cão pode ser afetado por várias larvas) que permanece no animal até completar seu ciclo ou ser mecanicamente removido. É diferente da miíase, popularmente conhecida como “bicheira”, onde há uma grande quantidade de larvas na mesma ferida, podendo se espalhar pelo corpo do animal. O berne é mais comum em cães, embora possa acontecer em gatos também. A médica veterinária do Hospital Veterinário Pró Vita (veterinario24horascuritiba.com.br) Rhéa Cassuli Lima dos Santos explicou como é o desenvolvimento das larvas e qual é o tempo de vida delas. “A larva do berne realiza um ciclo de desenvolvimento no corpo do hospedeiro até que se torne adulta e se desprenda deste, indo ao chão. A larva costuma viver cerca de 40 dias sob a pele do hospedeiro, podendo variar”. Se o dono verificar que o pet está com berne, a dica é levá-lo a um veterinário, que tem os recursos e técnicas adequadas para fazer a remoção do berne. “Existem muitas receitas caseiras para matar ou remover o berne, mas na maioria dos casos o que isso pode causar é a morte da larva ainda dentro da pele e, portanto, a formação de um nódulo que pode ou não ser absorvido pelo organismo. Quando não é absorvido, pode se tornar um granuloma, um tipo de tumor benigno que pode evoluir para uma neoplasia maligna”, alerta a veterinária. Para evitar o aparecimento dos incômodos bernes, a dica principal é a higiene. “A higienização do ambiente é a principal forma de prevenção do aparecimento de bernes. Embora muita gente diga que é necessário haver uma porta de entrada ou ferida pré-existente, a larva pode se instalar mesmo na pele sadia, então, todo cuidado é pouco”, resume Rhéa. Então, afaste as moscas, remova as fezes do cão várias vezes ao dia, faça a limpeza adequada do local por onde ele passa e deixe seu bichano num ambiente limpo e agradável!
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