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Opinião
16/11/2013 - 08h00
A Nova República, sem mensalão
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Coincidentemente, no dia que a República Brasileira completa 124 anos, acossada por tanto escândalos, crises morais e sociais e outros problemas que infelicitam a população, cai às mãos do ministro Joaquim Barbosa a tarefa de decidir a ordem de prisão dos condenados do mensalão. Por envolver o cerne da vida política nacional, o governo, parlamentares de diferentes partidos e conspurcar o sistema político-representativo, esse processo tornou-se a vedete entre as muitas falcatruas de que a população tem tomado conhecimento. Condenar e executar a pena dos envolvidos é tudo o que a população espera e entende como prova de mudanças na vida nacional. Embora entre os condenados haja figurões, pois esse tipo de crime por sua essência só pode ser por eles praticado, a identidade dos apenados é o que menos importa. O importante é o fim da impunidade.

Os escândalos político-administrativos, inicialmente utilizado pelos políticos como combustível para a eliminação de adversários, além do efeito desejado, produziram a má imagem que hoje a população tem de toda a classe política e seus assemelhados. Quando perceberam que a autofagia político-eleitoral havia saído de controle e os escândalos engrossaram, os políticos acionaram o corporativismo e as portas de emergência das leis que eles próprios criaram para preservar seus mandatos e fugir ao enrosco. Chegaram ao cúmulo de preservar o mandato de um deputado condenado e preso por corrupção e certamente – se não houver reação popular – farão o mesmo com os parlamentares condenados no mensalão, mesmo que estes venham a ser trancafiados.

Oxalá, o ministro Barbosa, além de toda sua bagagem cultural e saber jurídico, ainda seja inspirado pelos grandes expoentes da República Brasileira e decida por aquilo que seja o melhor para o Brasil e para a preservação da dignidade, da moralidade e dos bons princípios. Que dispense a cada um dos apenados o mais justo tratamento, baseado diretamente nos danos e vícios que suas ações causaram à sociedade e ao país. Essas penas não podem carregar nenhuma emoção contrária ou favorável aos réus. Convenientemente aplicadas, poderão ter o sentido didático de que o crime não compensa nem aos poderosos. Poderão, inclusive, representar a verdadeira proclamação de uma (agora) Nova República. Esta, com certeza, mais justa, solidária e humana...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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