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Opinião
20/11/2013 - 18h32
USP - Basta à violência e os ataques à democracia
Hélio Cruz e Telma Zorn
 

A USP, São Paulo e o Brasil assistem estupefatos às cenas de violência desenfreada e depredações reveladas após a desocupação da reitoria por um grupo que se apresenta como representativo dos estudantes, e alega estar agindo politicamente em nome da democracia e da participação. Os fatos já não autorizam as tentativas de tolerar – por ingenuidade ou má fé – as práticas dessa ínfima minoria como manifestações legítimas da liberdade de opinião.

A sobrevivência de nossa universidade no que ela tem de essencial, que é a livre manifestação da diversidade – de opiniões, de métodos, de teorias e de doutrinas – e o direito ao dissenso, estão ameaçados quando se tenta impor opiniões pela força.

A política é uma tardia invenção humana que consiste na renúncia ao emprego de qualquer tipo de violência – massacres, raptos, estupro, saques – que marcaram por milênios a luta pelo poder. A USP enfrenta hoje o desafio de decidir se deve continuar admitindo, na convivência universitária, esse tipo de práticas que, mediante a intimidação, a agressão física, a destruição do mobiliário escolar, a apropriação indébita do patrimônio público e de pertences de funcionários – cuja intimidade do local de trabalho foi violada – paralisa uma parte essencial da administração, e impõe uma greve que não é seguida pela esmagadora maioria dos estudantes. Cursos inteiros estão correndo o risco de perder o semestre porque são impedidos, pela força, de assistirem às aulas.

O próximo ano acadêmico deverá ser marcado por decisões estratégicas sobre o destino da USP incluindo, entre outras coisas, alterações de fundo sobre seu sistema decisório. O livre debate que esse desafio implica estará ameaçado se não colocarmos um limite à ação daqueles que já deixaram claras suas intenções de tumultuar, pela violência e a agressão, a liberdade de discussão e o direito de decisão da maioria.


Nota do Editor: Hélio Nogueira da Cruz, professor titular (1989) da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e Telma Zorn, professora titular do departamento de Biologia Celular e Tecidual do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.

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