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Opinião
26/11/2013 - 11h00
A ocasião faz o ladrão...
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

As declarações do auditor Luiz Alexandre Cardoso de Magalhães, delator da máfia que, segundo o Ministério Público, desviou R$ 500 milhões de impostos da Prefeitura de São Paulo, veiculadas no “Fantástico”, constituem um tapa na cara de todos os brasileiros. Enquanto o trabalhador luta para conseguir pagar suas contas, o aposentado é penalizado com o achatamento sistemático dos seus proventos e a classe produtiva é sufocada com uma astronômica carga tributária, o meliante confessa, em rede nacional, gastar em noitadas com prostitutas de R$ 8 mil a R$ 10 mil roubados dos cofres municipais. E irônico, sem qualquer constrangimento, diz não saber como restituir ao erário, pois não tem como “bater na casa das moças e pedir o dinheiro de volta”. Cita, ainda que seus comparsas também têm suas “compulsões”, igualmente pagas com o dinheiro público.

Constatações como esta – e tantas outras surgidas no bojo das fraudes e desvios do dinheiro púbico – apontam para a necessidade urgente de regulação e auditoria permanente em todo o circuito das finanças públicas. Isso sem falar de um crivo fino nos processos de admissão de funcionários – concursados ou não – que tenham participação no processo de arrecadação e pagamentos da administração pública. Tais servidores, desde a posse, devem abrir mão de seus sigilos bancário e patrimonial e ser permanentemente acompanhados, assim como os processos da administração sob sua responsabilidade. Só essa vigilância clara e oficial, dando a certeza de que irregularidades não passam impunes, já desencorajaria a maior parte dos malfeitos.

Concomitantemente ao aperfeiçoamento dos controles da máquina estatal, faz-se necessário apertar as leis punitivas da corrupção para, a partir do momento em que ficar provada a prática do delito, o autor poder ser trancafiado e só sair da prisão ao término da pena que lhe for atribuída pela justiça. Da forma que hoje ocorre, é um verdadeiro escárnio à consciência nacional. O indivíduo que roubou milhões, contribuindo para a periclitação dos serviços públicos – saúde, educação, segurança etc. – ganha a liberdade, mesmo que provisória, e se comporta como um ídolo, ainda que às avessas. A sociedade precisa reagir e recolocar o país nos trilhos, urgentemente...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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