18/08/2025  12h37
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
28/11/2013 - 07h00
O Real, a Petrobras e o gatilho
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O reajuste automático – ou “gatilho” – popularizado no Plano Cruzado, com o fracassado objetivo de evitar que a inflação continuasse corroendo o salário dos trabalhadores, e proscrito da economia nacional pelo Plano Real, ameaça voltar. A Petrobras tenta convencer a presidente Dilma Rousseff e o ministro Guido Mantega a aprovar o aumento automático da gasolina e do óleo diesel sempre que aqueles combustíveis tiverem reajuste no mercado internacional. O argumento é que, com a atual política de reajustes, a estatal petrolífera, que tem o governo como sócio majoritário, acumula elevados prejuízos e isso levará colapso ao seu programa de investimentos.

Dilma e Mantega empurram o tema para o futuro pois sabem que a adoção do gatilho poderá representar a volta da inflação em larga escala, já que os preços de todas as mercadorias estão intimamente ligados ao dos combustíveis. Afinal, tudo depende de diesel ou gasolina para sua produção e chegada ao consumidor. A cada “gatilhada” no petróleo, ninguém conseguirá segurar a repercussão no arroz, feijão, carne, manufaturados e toda a cadeia de consumo. Além disso, também ficará desmistificado o discurso eleitoreiro de que o Real e os governos pós 94 acabaram com a inflação. A Petrobras que o diga!

Estamos todos sobre a cratera de um vulcão prestes a explodir. E o governo, em vez de acudir, mantém o discurso de regularidade, dá nosso dinheiro, sem qualquer reciprocidade, à Bolívia, Cuba, Venezuela e países africanos e, internamente, distribui as “bolsas”, que sustentam seu status político-eleitoral. Desembolso sem retorno é uma das alavancas inflacionárias, assim como a gastança e os escândalos econômicos de que se tem conhecimento. Para retardar o caos, sucateia-se a Petrobras, com prejuízos aos seus acionistas, através da tabela achatada para os combustíveis, e busca-se desesperadamente manter os confiscos aos bens e rendas do povo. A cruzada que representantes governistas fazem para evitar que o Supremo Tribunal Federal repare os prejuízos dos Planos Econômicos à poupança e aos investimentos é prova disso. A fala oficial é que uma decisão a favor dos investidores desequilibrará a economia nacional; mas nada se diz sobre os rios de dinheiro que se joga fora para manter o status político, eleitoral e ideológico.

O Plano Real, de que tanto se beneficiaram eleitoralmente os governos das duas últimas décadas, parece estar se esgotando. A economia nacional padece com enormes gargalos, desnacionalização e outros problemas. Resolver a crise da Petrobras é dever do governo. Mas, com o gatilho, poderá reacender o monstro da inflação e o Brasil voltar a viver toda aquela ciranda onde uma mesma mercadoria pode ter três preços num só dia. Aí, todos pagaremos o preço da aventura...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.