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Opinião
01/12/2013 - 17h17
A Copa do Mundo e o setor energético
Mikio Kawai Jr.
 

Ao lado da eleição presidencial, a Copa do Mundo, sem dúvida, vai ser o grande tema em nosso país no ano que vem. Mas esse assunto não pode ficar apenas no âmbito esportivo, e deve ser uma preocupação também de nosso setor energético. Conforme os órgãos responsáveis têm declarado, o risco de grandes apagões durante o torneio é mínimo, porém uma questão vem sendo pouco abordada: para atender à alta demanda, o governo vai adotar medidas emergenciais, que implicarão um aumento de custo, que, por sua vez, será repassado ao consumidor de energia no pagamento da conta mensal.

A prática de adotar medidas operativas emergenciais já é comum no sistema elétrico e energético, e o maior exemplo é a utilização de usinas termelétricas, responsáveis por encargos e consequentes aumentos no custo de energia. Esta é uma medida emergencial necessária, uma vez que os atuais níveis nos reservatórios das hidrelétricas só estão melhores que os registrados entre 2001 e 2002, período no qual o país passou por rigoroso racionamento no consumo de energia.

Além da continuidade ao acionamento de termelétricas, 2014 exigirá outras atitudes governamentais, pois haverá natural aumento na demanda. O Brasil está com diversos empreendimentos atrasados e, mesmo com as usinas térmicas funcionando a todo vapor, pode não haver parques geradores suficientes, e algumas cidades correm riscos de não suportar e enfrentar apagões pontuais, sobretudo durante a Copa do Mundo.

Para evitar qualquer risco de ser afetado, o evento esportivo, aliás, também deve tomar suas medidas emergenciais. Conhecedoras de nosso sistema, as concessionárias responsáveis pela administração dos estádios certamente vão ser precavidas e providenciar gerações de backup, sobretudo à base de óleo diesel, para que o país não fique exposto perante todo o mundo, com o risco de apagões durante os jogos. O preço do combustível, novamente, pode ser um problema, porém o mais importante, nesse caso, é a garantia de energia para a realização dos jogos.

O que as pessoas devem entender é que não se trata de ser pessimista ou alarmista. A questão é muito mais importante, uma vez que no segmento energético não podemos ficar reféns de medidas emergenciais, pois já dependemos muito das variações climáticas e hidrológicas. Talvez seja o momento de agir com mais cautela e assumir a gravidade da situação, para, em conjunto, definirmos uma solução eficiente. E não estamos falando aqui apenas de Copa do Mundo, mas de todos os nossos lares e indústrias.


Nota do Editor: Mikio Kawai Jr. é economista, especialista no mercado de energia e Diretor Executivo do Grupo Safira.

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