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Opinião
16/12/2013 - 07h00
Desonestidade e cargos públicos
Célio Pezza
 

Recentemente, pesquisadores da Universidade de Harvard e da Pennsylvania, nos Estados Unidos, fizeram uma pesquisa com mais de 600 estudantes, onde constataram que os desonestos buscam empregos no setor público. A pesquisa também revelou que os estudantes com interesse na carreira pública não demonstraram um comportamento para beneficiar outras pessoas ou a sociedade.

No primeiro teste os estudantes jogaram dados e relataram o número que caia, sendo que quanto maior o número, mais dinheiro receberiam. Os que buscavam empregos públicos mentiam mais sobre os números para ganhar mais. No segundo teste eles recebiam uma quantia em dinheiro e tinham que dividir com uma instituição de caridade. Também nessa fase, os estudantes que buscavam empregos públicos deram muito menos dinheiro para as causas sociais.

A pesquisa, que foi publicada no National Bureau of Economic Research, sugere que os estudantes desonestos procuram empregos públicos, pois identificam que o sistema público é corrupto. “Se as pessoas têm a visão de que o governo é desonesto, pessoas que são honestas não vão querer entrar nesse sistema”, concluiu a pesquisadora de Harvard, Hanna Rema. Acredito que essa pesquisa vale para grande parte do mundo, em especial para o nosso Brasil, onde a corrupção e desonestidade na vida pública andam juntas. Só no Supremo Tribunal Federal temos mais de 830 ações contra políticos acusados de corrupção, a maioria deles por crimes de lavagem de dinheiro, desvios de recursos públicos e falsidade ideológica.

No Senado, 28 parlamentares são investigados pelo Supremo e a lista abrange praticamente toda a Mesa Diretora. Um dos processos mais antigos contra políticos vai completar 30 anos. Desde 1984, o inquérito para investigar o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), passou por diversas instâncias e não deu em nada.

Recentemente, a direção nacional do PT fez um manifesto a favor dos corruptos do Mensalão, classificando de ilegal a decisão do ministro Joaquim Barbosa de mandar para a cadeia 12 dos condenados. Fica claro que os inconformados se empenham em uma campanha para desmoralizar o Poder Judiciário e buscam um modelo de democracia em que não é permitido contrariar os seus interesses. Essas manobras lembram os mafiosos, que diziam que a Máfia não era uma organização criminosa e mantinha o respeito à lei e a grandiosidade de caráter. O ex-primeiro-ministro italiano Vittorio Orlando disse ao Senado italiano que “se sentia orgulhoso de ser um mafioso, pois essa palavra significava ser honrado, nobre, generoso”. O que buscam é mudar a definição de corruptos e bandidos. Sequestradores e ladrões de bancos viram idealistas; mafiosos e corruptos viram cidadãos honrados e assim por diante.

Na verdade, o que podemos esperar de um grupo que ainda venera como herói um Che Guevara, que tem seu lugar assegurado ao lado de Lenin, Stalin, Mao, Fidel Castro e outros tantos com as mesmas ideias e que vê numa Venezuela, onde o presidente incita o povo a saquear lojas, um modelo de governo a ser expandido pela América do Sul?


Nota do Editor: Célio Pezza (www.celiopezza.com) é escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Nova Terra - Recomeço.

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