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Opinião
16/12/2013 - 11h06
Pais e escolas contra as crianças?
Gregorio Vivanco Lopes - ABIM
 

Vão ficando para trás os saudosos tempos das famílias unidas, do convívio ameno, da ordem social estabelecida. O homem moderno acha-se fortemente atormentado pelos fantasmas da frustração, da ansiedade, da insegurança, e por aquilo que os ingleses chamam de “nonsense”, que numa tradução livre corresponderia a falta de sentido da vida.

Entre os mais atingidos encontram-se as crianças e os jovens em idade escolar.

A promessa de que tendo menos filhos estes poderiam ser tratados com mais carinho e atenção, não passa de propaganda enganosa. Acontece exatamente o contrário. Aparece então a figura do filho-trambolho, que atrapalha a liberdade dos pais, a do filho-descartável que se quer pôr na escola o quanto antes e pelo maior tempo possível.

E a escola hoje? Sob o título “Maconha na escola”, o psiquiatra Jairo Bouer apresenta dados dignos de serem meditados (“O Estado de S. Paulo”, 13-10-13).

Pesquisa realizada em 2013, entre estudantes do 8º ano do fundamental até o 3º do ensino médio, de 67 escolas, em 16 Estados do Brasil, revela que a maconha havia sido experimentada por quase 10% dos alunos. O uso aumenta com a idade. Aos 17 anos, 16% já haviam usado a droga.

A metade dos que a experimentaram teve o primeiro contato com ela entre os 14 e 15 anos. Entre os que já tinham consumido maconha, 18% a usaram todos os dias ou quase todos os dias no mês anterior à pesquisa. Ou seja, estão viciados ou a caminho do vício.

O levantamento foi realizado em escolas particulares. Imaginemos as públicas!

Dos alunos que fumam maconha, quase um em cada três já havia sido reprovado na escola (entre os que não fumam apenas 13%). Dos que fumam 63% disseram ter dificuldade em manter concentração na sala de aula (entre os que não a usam 48%). Dos que fumam maconha, 51% disseram ter dificuldade para entender as aulas (entre os que não usam a taxa cai para 35%).

Para o médico Joaquim Melo, presidente da Associação Brasileira do Estudo do Álcool e outras Drogas, se os jovens experimentam maconha cada vez mais cedo, “parte relevante desse grupo deve evoluir para um quadro de dependência química, com a adição de outras drogas, inclusive o crack” (“O Globo”, 24-8-13).

Quando as crianças sentem que representam um peso em casa, quando não têm irmãos nem irmãs para brincar, quando percebem que são “atiradas” nas escolas para que os pais se vejam livres, não fica difícil compreender que elas busquem refúgio nas drogas. E as escolas de hoje parecem feitas sob medida para incentivar esses desvios de conduta.


Nota do Editor: Gregório Vivanco Lopes é advogado e colaborador da Agência Boa Imprensa – (ABIM).

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