Acabo de tomar conhecimento, através de mensagem, da comovente história de um casal de argentinos que vive no Canadá e em 2012 resolveu batizar a filha na Argentina. Como a mulher é filha de mãe judia e pai católico, teve a opção de escolher a religião que quisesse e seguiu a católica. Convidou seu irmão para padrinho da criança. Mas o tio, embora simpatizante do catolicismo, não era batizado. Para tanto, precisava regularizar a situação. Procurou várias igrejas e finalmente viu que ia demorar, porque antes teria que fazer cursos e resolver certos entraves burocráticos. Declinou do convite. A mãe da menina, inconformada, tentou então falar com a Arquidiocese de Buenos Aires e contou toda a história à secretária de Dom Bergoglio. Logo depois recebeu um telefonema do próprio Cardeal pedindo que fossem à Catedral, ele mesmo batizaria seu irmão. E assim aconteceu. Ao final do batismo, disse ao homem que jamais se esquecesse de suas raízes judaicas! E mais ainda: queria também batizar a menina. Alguns dias depois, num sábado à tarde, lá foi modestamente Dom Bergoglio como um simples pároco, até a igreja do bairro deles realizar o batizado. Todos da família tiveram oportunidade de conversar com ele e ficaram encantados com sua simplicidade e humildade. Diz o pai da criança que este relato mostra bem o espírito de bom pastor que o atual Papa leva em seu coração e pratica, ele mesmo, na realidade.
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