Conhecido por sua variedade cultural, o Pará se destaca na região Norte do País como uma das maiores riquezas naturais do Brasil. Mas, muito mais do que isso, o Estado também ocupa um lugar de destaque pela produção de minérios e pela pluralidade das atividades econômicas como serviços, comércio e turismo. E Belém pode ser considerada o maior expoente dessa atual prosperidade. Para se ter uma ideia, o Pará é o segundo maior da Federação em território, possui um PIB que totalizou R$ 77,8 bilhões em 2010 e as maiores reservas de minérios de ferro do Brasil, além da maior densidade demográfica da Região Norte.

Toda essa diversidade constituiu uma economia bastante particular, até mesmo por um longo período de isolamento rodoviário, o que criou em sua população uma capacidade de se adaptar e se renovar, gerando, assim, uma liderança natural no movimento de desenvolvimento da Região Norte. Esta qualidade de uma economia pujante, aliada à alta capacidade produtiva, tem atraído investimentos do mundo todo.

Por possuir as maiores reservas de minério de ferro do Brasil, o Estado do Pará deve continuar crescendo em percentuais acima da média nacional. Dada a capacidade econômica da Região Norte e sua notável vocação para os negócios, a força da economia local deve ser uma das bases que vai suportar o crescimento do país. A região Norte tem sido foco de inúmeros empreendedores no último período, não só pela já comprovada importância para a economia nacional, mas também pelo estratégico papel que tem representado no ambiente global, como exemplo de desenvolvimento sustentável e de inovação, atraindo, desta forma, a atenção de investidores, eventos internacionais e servindo de modelo para o restante do país.

As já tão conhecidas qualidades naturais da região, a capacidade criativa e a diversidade cultural dessa admirável comunidade, que soube aliar o melhor de suas características para construir um ambiente de negócios em constante progresso, são aspectos que devem ser ressaltados, pois inspirarão nosso país a ver em sua diversidade as ferramentas necessárias para continuar crescendo.

Em seus quase 400 anos de história, Belém passou por diversas transformações e fez dessas mudanças seu ponto forte. A comunidade soube adaptar-se a dificuldades e continuar seu caminho que, esperamos, culminará em desenvolvimento não só para a cidade, mas para toda região Norte. Desde os tempos do ciclo da borracha, tivemos poucas oportunidades de ver tamanha movimentação da economia local; e os belenenses estão se preparando rapidamente para acompanhar a crescente demanda.

Nota do Editor: João Alberto Neto é sócio responsável pelos escritórios da Região Norte e Nordeste da KPMG no Brasil (kpmg.com/BR).