Com o passar do tempo a louça se quebra ou fica lascada e daquela meia dúzia de xícaras que usamos todos os dias, de repente sobram uma ou duas e se der sorte, com os pires correspondentes. Compramos outras, mas o ciclo se repete e assim vamos juntando xícaras diferentes. O que não é de todo mau, pois podemos variar. Um dia tomamos o café da manhã em xícaras de florzinhas cor de rosa, no outro a mesa é posta com aquelas de enfeites azuis. E como atualmente somos apenas dois aqui em casa – meu marido e eu – fica até divertido. Quando os filhos aparecem ninguém se incomoda, eles preferem usar canecas, mais práticas para se tomar leite com granola. O problema é que tenho sido convidada para ‘chás’ com as amigas e um dia precisarei retribuir. Não tenho cara de apresentar uma xícara diferente para cada pessoa, ou arrumar a mesa com duas amarelas, duas azuis, três cor de rosa... e na pior das hipóteses, alguma sem pires! Por isso andei rodando lojas à procura de novas xícaras. E fiquei desconsolada, porque sempre elas são vendidas juntamente com o bule de café, bule de chá e mais o aparelho de jantar, o que não me interessa. Encontrei umas bem bonitas, azuis ou verdes com bolinhas brancas, que vêm num estojo só com duas e de duas em duas já tenho um monte. Além do mais, para compor um bom conjunto sairia muito caro. Ainda bem que tenho pratinhos brancos para pães e bolos, mas faltam as xícaras...

Se dentro de algum tempo eu não conseguir encontrá-las, vou inaugurar uma nova moda: aqui em casa cada convidada poderá escolher a xícara que quiser, ou que melhor combinar com a cor do seu vestido ou de sua blusa. Só não vale brigar