18/08/2025  08h27
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
05/01/2014 - 08h00
Saúde pública precisa de atenção integral
Antonio Carlos Lopes
 

Fala-se hoje da importância da atenção básica na saúde pública. É evidente que os cuidados iniciais são importantes; entretanto, não têm nada de básicos. Devem ser realizados com destreza e competência, gerando um diagnóstico aprofundado, que determine as causas desta ou daquela doença. O paciente da rede pública merece uma análise completa, que busque a raiz de seus males.

A defesa da atenção básica se fundamenta sob uma ótica enviesada. Pensa em um médico “quebra-galho” atendendo pessoas com gripe e diarreia. Ora, a população brasileira é digna de mais respeito. Não podemos admitir uma assistência médica focada em sintomas e não nas causas das doenças. O paciente tem de ser encarado como um todo, como ser humano. O humanismo, aliás, é fundamental para qualquer profissional de medicina. Só pode se considerar médico quem olha para o outro em sua integridade, dispensando-lhe respeito e dignidade.

Pode-se perdoar tudo, menos uma morte evitável. Um sintoma simples muitas vezes é a forma que o organismo utiliza para alertar sobre algo mais sério. Para a correta detecção, precisamos de profissionais bem formados e de estrutura adequada.

As entidades médicas nacionais há tempos reafirmam a relevância do investimento em infraestrutura. Sem equipamentos e exames adequados, o paciente pode voltar para casa com um medicamento que terá apenas efeito placebo.

A excelência na medicina se conquista mesclando um bom instrumental à relação humana; e essa capacidade é ensinada em instituições de ensino de referência, como a Escola Paulista de Medicina, a USP, entre outras.

Não adianta nos iludirmos com a argumentação de que tudo se resume à atenção básica. Vale dizer mais: por melhor que seja o profissional, médico não é mágico. É fundamental que, além de todo o conhecimento científico, tenha à disposição no dia a dia uma equipe multidisciplinar.

Estamos criando no nosso país uma medicina para os ricos e outra para os pobres, que divergem exatamente na abordagem. O SUS (Sistema Único de Saúde) investe em atenção básica, enquanto a saúde suplementar evolui em tecnologias, infraestrutura e capacitação dos profissionais. Essa desigualdade tem que acabar. Precisamos nivelar por cima, pois saúde é direito do cidadão.


Nota do Editor: Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.