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Opinião
04/02/2014 - 11h00
A quebra da matriz energética
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A Petrobras reclama prejuízos porque o governo a obriga vender a gasolina mais barato do que compra. Os produtores de álcool dizem que o setor está em crise e tende a diminuir a produção. A frota nacional, a que se destinam os combustíveis, cresce vertiginosamente, impulsionada pelos esforços do governo na manutenção dos empregos na indústria automobilística. As falhas na distribuição de água e eletricidade irritam o consumidor, que já parte para protestos violentos. Verifica-se, ainda, a escassez de água nos reservatórios, que já obriga o pedido de economia e até o racionamento do precioso líquido e certamente terá repercussão na geração energética, obrigando o sistema a produzir eletricidade a partir de termoelétricas, mais caras e poluentes que a fonte hidráulica.

A Petrobras, criada em 1953, por Getúlio Vargas, era tida como a salvação energética do Brasil e pode até ter sido durante muito tempo, mas hoje acusa problemas de fluxo de caixa. As dificuldades do mercado de combustíveis, água e eletricidade, coincidentemente, nos remetem a 1954, ainda sob Getúlio, quando a marchinha de carnaval “Vagalume” cantava o Rio de Janeiro como “cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz”. Essa condição, hoje, é aplicada a muitas cidades, até regiões inteiras e com uma diferença fundamental. A falta que eletricidade, principalmente, fazia há 60 anos era infinitamente menor que a de hoje, quando tudo depende de comunicação, computador e outros equipamentos elétricos. Sem eletricidade tudo para...

Um olhar mais abrangente sobre as crises setoriais e sua somatória, nos enche de preocupação. Os diferentes setores da economia não podem operar indefinidamente “no vermelho”. Se isso continuar ocorrendo, logo não teremos mais combustíveis em volume compatível com a frota e o abastecimento de água e eletricidade será, também, insuficiente à demanda. É preciso a adoção, rápida, de medidas que equilibrem os setores e, de preferência, não provoquem a volta da inflação, cujo controle tem sido o grande trunfo nacional dos últimos 20 anos. A tarefa é grande e de alta relevância nacional. Os candidatos às próximas eleições – independente do partido – deveriam se interessar por essa problemática, antes que a escassez se transforme em crise econômica e social...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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