A temporada de verão resulta em praias lotadas, ainda mais no Brasil, com seu extenso litoral. Porém, alguns cuidados devem ser tomados para evitar sérios problemas de saúde. De acordo com a Dra. Marinella Della Negra, responsável pela disciplina de Moléstias Infecciosas Parasitárias da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (www.fcmsantacasasp.edu.br), os principais danos ocorrem na pele, causados por fungos e bactérias, além de infecções por ingestão de alimentos contaminados. “Entre as principais doenças de pele que podem ser contraídas na praia estão: micoses (frieiras) e larva migrans, conhecida também como bicho geográfico. Muitas pessoas costumam ir às praias e piscinas e não tirar o maiô, biquíni ou sunga molhados, depois que voltam para casa, o que facilita a proliferação de fungos e pode causar candidíase. Outra séria doença é a hepatite A, que pode ser adquirida pela ingestão de água contaminada”, afirma. Segundo a especialista, o ambiente de praia é um facilitador para a proliferação de fungos e bactérias pelo alto calor e umidade. Outro fator de risco está na areia, que pode conter sujeira e fezes de animais. “Ingerir alimentos na praia também pode ser muito perigoso. O calor compromete a conservação da comida, que fica mais propensa a estar infectada, podendo causar diarreia e até infecções mais sérias. O ideal é comer fora da praia, em lugares apropriados e que ofereçam segurança”, explica. Para evitar esses problemas, a Dra. Marinella cita algumas recomendações: – Não andar descalço na areia – Não sentar no chão e em cadeiras de praia sem proteção – Evitar ingerir água do mar – Não comer alimentos na praia – Não compartilhar objetos pessoais, como toalhas – Procurar levar seus próprios objetos, como esteiras e cadeiras – Após sair do mar, tomar banho com água limpa e secar o corpo, inclusive entre os dedos dos pés – Não permanecer com as roupas molhadas – Não frequentar praias, caso esteja com cortes na pele.
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