"Errar uma vez é humano, mas duas já é americano". A realidade que sustenta o provérbio provém da política do presidente George W. Bush, apesar de a maior parte da imprensa dos Estados Unidos tentar amenizar seus tropeços. As últimas notícias internacionais mostram que o onipotente Bush voltou a insistir com estratégias para a administração pública e política internacional de forma truculenta, mesmo agora, no seu segundo mandato.Ele acredita que pode fazer do planeta o seu quintal particular. Depois de promover uma guerra no Iraque em que todos perderam, o Homem Número 1 da América quer livra-se da responsabilidade pelo conflito e esquecer a idéia de monopolizar o mundo islâmico, o que foi uma ilusão perigosa e altamente explosiva. Mas temos que entender que os fatos não acontecem isolados, para compreender o contexto em que está inserida a sociedade americana observamos que há uma lógica "às avessas" regendo os acontecimentos na terrinha do Tio Sam. Não vamos esquecer que o presidente foi eleito em 2000, mesmo com suspeita de fraude. Também vamos analisar que a ala ultraconservadora foi reeleita, apesar de não ter apoio da maioria dos eleitores. Mas as façanhas nos EUA não param por aí, o presidente indicou nesta semana Paul Wolfowitz, segundo na hierarquia do Ministério da Defesa, para presidir o Banco Mundial (Bird). Para quem não lembra, Paul foi um dos principais articuladores e estrategistas da Guerra do Iraque. Ele é considerado um político linha-dura do presidente dinossauro. A escolha de um "neoconservador" defensor do unilateralismo para o Bird, reforça a tendência e o perfil de Bush. A indicação tem recebido críticas pelo mundo como de Organizações Não Governamentais e integrantes da própria ONU, devido a trajetória política agressiva do candidato. Resta saber qual será a postura da Europa, com 30% dos votos, na instituição. Será que os europeus vão errar pela terceira vez? Só o tempo poderá responder. Nota do Editor: Mariana Czekalski é jornalista, professora e escritora.
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