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Opinião
19/02/2014 - 07h06
A importância de preparar líderes de qualidade
Benedicto Ismael Camargo Dutra
 

São muitas as tragédias que deveriam ter merecido redobrados cuidados há muito tempo. A desordenada expansão das favelas junto às grandes cidades; a ausência de creches que supram as deficiências na educação infantil pela irresponsabilidade de homens e mulheres na geração de filhos; o avanço do consumo de drogas, fragilizando o potencial humano; a espantosa progressão de acidentes com motocicletas, entre tantos outros acontecimentos. Temos muito a fazer no Brasil.

O crescimento desordenado das cidades, a absoluta falta de preparo para a vida, estão criando um ambiente terrível. Preparo para a vida é muito mais do que simples alfabetização. Temos de auxiliar essas camadas da população que ainda estão despreparadas. Se isso não for resolvido, não tardará para que o número de cracolândias se multiplique. Que futuro se pode esperar disso? O que mais de ruim precisa acontecer para que surja um plano permanente de combate ao tráfico?

O empresário Jair Ribeiro, em artigo no jornal o Estado de São Paulo, escreveu que mais de 50% dos jovens de 14 a 18 anos estão fora do ensino médio. A evasão está aumentando e apenas 10% dos que se formam no ensino médio dominam o conteúdo esperado para as suas séries. E a estatística recente que mais me chocou: cerca de 25% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos não completaram o ensino médio, não estudam e não trabalham (segundo pesquisa da Fundação Seade, divulgada em agosto 2013). Ou seja, estamos jogando pelo ralo o tal bônus demográfico brasileiro; um verdadeiro absurdo!

Os seres humanos se deixaram envolver pelo materialismo e pelos anseios por prazeres terrenos. Então a Saudade da Luz e da Verdade foi desaparecendo da face da Terra. As novas gerações estão desorientadas; elas não querem obedecer ordens, mas estão inseguras, precisariam ser conscientizadas da necessidade de formarmos pessoas de qualidade com o objetivo de melhorar o ser humano e as condições de vida no Planeta. Muitos filmes nos atraem, utilizando a realidade como pano de fundo, mas derivam para uma forma de viver sem sentido, sem valor. Isso ajuda os jovens em sua formação?

Todas as pessoas deveriam ter direitos e oportunidades iguais, mas faltam líderes bem preparados para transformar o planeta num lugar de paz, progresso e felicidade. Tampouco há empenho para que se desenvolvam líderes desse quilate. No entanto, sem a participação destes, as coisas tendem para a ruína. Lamentável que ainda não chegamos a essa conscientização.

Para assegurar realizações duradouras temos de promover a integração dos talentos, e eliminar a competição individualista ou o desmerecimento. Todos os colaboradores dedicados são importantes. Somos todos responsáveis pela formação da Sólida Base Espiritual invisível da vida, que é construída pelos bons sentimentos intuitivos e bons pensamentos. Atualmente essa Base se acha corroída, abalada em sua sustentação por tantos pensamentos e sentimentos negativos de inveja, ódio, cobiça, desconfiança, e outros mais.

A democracia é o sistema de governo menos ruim. Porém, se o Congresso tivesse assumido a sua tarefa com afinco, com certeza no Brasil teríamos uma situação de vida mais digna. Em seu pedestal, muitos congressistas esqueceram o seu dever, dando ênfase à troca de favores, fato que agora tem sido estopim de descontentamentos. A grande dificuldade é fazer com que congressistas e governo se afinem visando objetivos mais nobres de elevação da qualidade humana e das condições de vida.

Apesar de estarmos adentrando na segunda década do século 21, as discussões promovidas pelos organismos internacionais permanecem centradas no dinheiro e no câmbio. No passado tudo era mais fácil de resolver, mas pouco foi feito. Agora, com a superpopulação, o desgaste ambiental e o endividamento soberano, as margens ficaram apertadas. O viver se tornou áspero. A violência aumenta. No entanto, deveríamos ir resolvendo o que é possível, com o apoio e participação de todos, por meio do desenvolvimento de um plano de longo prazo que fosse capaz de restabelecer os aspectos humanos da vida.


Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, e associado ao Rotary Club São Paulo. Realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros “Conversando com o homem sábio”, “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”, “O segredo de Darwin”, e “2012... e depois?”.

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