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Opinião
20/02/2014 - 07h00
Crise de água e energia: poderíamos estar fora
Amadeu Garrido de Paula
 

A aridez dos últimos meses, próprios das chuvas, e os extremos naturais que se prolongam no hemisfério norte, infirmam a tese daqueles que tomam o aquecimento global como tática "ad terrorem" de oposicionistas a governos, ao desenvolvimento a qualquer preço e ao desdém por prioridades que garantam a fruição dos bens naturais.

A natureza é implacável, mas disso o homem sabe há milênios e, no mundo contemporâneo, nossa inteligência e experiência acumuladas permitem prevenções satisfatórias; que não foram adotadas, no Brasil, em razão de falsa eleição de prioridades, sobretudo a da Copa do Mundo e das Olimpíadas; é preciso dizê-lo mais uma vez, por mais surrado que esteja o assunto.

O professor José Goldemberg, com seus conhecimentos profundos do problema energético e sua capacidade cristalina de expressão, tirou quaisquer dúvidas em recente artigo publicado pelo Estado de São Paulo.

Nossa principal matriz é a energia hidrelétrica, o que está ao alcance da compreensão de todos, face a nosso manancial de águas, o maior do mundo. Destarte, como explicar a ansiedade atual e nossa subserviência ao santo das chuvas?

Simples como a mais singela soma aritmética. As usinas de produção desse tipo de energia não podem parar, para produzir, na época das vacas gordas, o necessário para aplacar a sede das magras. Para isso, é importante a construção de reservatórios, que não temos.

Como todos os equipamentos tecnológicos, os reservatórios têm problemas; por exemplo, o de gerar inundações, em detrimento dos ribeirinhos. Nada, porém, que não possa ser contornado, como esclarece o emérito professor. O fato gritante é que energia hidrelétrica sem reservatórios é como produção agrícola sem armazéns.

A falta de reservatórios apanhou pelas costas o governo de Fernando Henrique Cardoso. O PT, especialista em gritarias, fez dos apagões o acesso do metalúrgico Lula ao cargo administrativo mais importante do Brasil. Mas, no mínimo, deveriam ter adotado as providências saneadoras, para não levarem o mesmo tipo de tiro que dispararam em seus adversos. Todavia, em todos esses anos de governo do Partido dos Trabalhadores, quase nada foi feito nesse sentido. Daí a crise atual, que também pode custar o projeto de poder dos petistas. Mas convenhamos: os brasileiros não merecem essa inépcia ou má-fé crônicas.

As consequências são drásticas: certamente amargaremos apagões, caso não sobrevenha algo mais grave: racionamento de água e energia no generoso país cortado pelo mais invejável potencial fluvial. Nossos cidadãos podem afirmar sem medo de errar: a responsabilidade é do governo - que aí está e que, só por isso, não merece estar mais.


Nota do Editor: Amadeu Roberto Garrido de Paula é advogado especialista em Direito Constitucional, Civil, Tributário e Coletivo do Trabalho e fundador da Garrido de Paula Advocacia.

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