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Opinião
22/02/2014 - 12h28
Endurecer sem perder a ternura...
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Bastou a certeza de que os denunciados matadores do cinegrafista vão ficar presos até o julgamento para que a manifestação contra o aumento das passagens de ônibus, trens e barcas, no Rio de Janeiro, transcorresse pacífica. Os desordeiros, mesmo que estivessem presentes, não agiram pois deveriam ter a certeza de que seriam presos e poderiam ter problemas para sair da cadeia. Pena que tenha sido preciso morrer um inocente – que não era parte do conflito e estava ali cumprindo o seu dever de, como jornalista, informar a Nação – para que houvesse essa percepção, que deveria estar automaticamente implícita no pensamento da população e, principalmente, no quadro de obrigações dos responsáveis pela manutenção da ordem e cumprimento das leis.

Se as autoridades policiais e, principalmente, o Poder Judiciário, não facilitarem a liberação daqueles que forem presos degenerando as manifestações e danificando o patrimônio alheio, com certeza, os black blocs poderão, num futuro, se tornar apenas um grupo de manifestantes vestido de preto, e a sociedade estará livre de suas mazelas. O mesmo tratamento deveria ser aplicado aos detidos por queimar ônibus e outros veículos, depredar pedágios, invadir e vandalizar propriedades, mesmo que façam parte dos ditos movimentos sociais.

Há de se compreender que os movimentos sociais e suas bandeiras podem ser legítimos, mas não são imunes ao cumprimento do ordenamento jurídico. Seus integrantes, antes de movimentadores sociais, são cidadãos e, como tal, devem ser responsabilizados por seus atos. É preciso ter consequências quando atacam repartições, terminais de transporte, agências bancárias ou de veículos e quaisquer propriedades. O Estado tem o dever de reprimir suas ações ilegais e entregá-los à Justiça para o devido processo legal. Contudo, da forma que tem ocorrido, com a liberação praticamente imediata dos baderneiros, eles sentem-se fortalecidos e incentivados a continuar.

Para que a democracia brasileira sobreviva e conduza a sociedade à tão sonhada paz social, é preciso que os governos cumpram com suas obrigações. Respeitem e ouçam e acatem o que dizem os movimentos sociais, mas não continue tolerando as depredações, o fogo em veículos, as interrupções de vias públicas importantes e outras ações cujo objetivo principal é provocar o caos...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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