Assim, contam que um advogado criminalista em sua sustentação oral, para tocar na sensibilidade do júri, concluía sua tese. – O réu, senhores jurados, é um homem simples e honrado servente de obras. Tive a oportunidade na última enchente em Porto Alegre de visitar a sua humilde casa no bairro Sarandi, onde boiavam no chão alagado, as suas ferramentas de seu trabalho. Boiava naquela ocasião a talhadeira, a marreta, pá e enxada deste pobre trabalhador. Não se conteve o vigilante promotor de justiça. Violando a regra do tribunal do júri apartou a palavra da defesa dizendo. – Isso é uma verdadeira tolice. Desde quando talhadeira, marreta, pá e enxada boiam? Veio então à resposta do nobre causídico. – Quanta ignorância do nobre colega, se transatlântico que é infinitamente mais pesado boia!!! Nota do Editor: Ronaldo José Sindermann (sindermann@terra.com.br) é advogado em Porto Alegre, RS.
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