Doenças do quadril podem atingir tanto as pessoas que praticam exercícios "leves" como a caminhada e aparentemente "inofensivos" como o tênis, quanto as que "pegam pesado" em busca de um "bumbum sarado". Exercício aparentemente leve e saudável, a caminhada pode sinalizar alguns problemas ortopédicos que tendem a se agravar com o tempo se não forem tratados adequadamente. Um deles é a artrose no quadril, que acomete cerca de 10% da população mundial. Entre as pessoas com mais de 60 anos, a prevalência quadruplica, de onde se conclui que o número de casos de artrose no quadril só tende a aumentar com o envelhecimento da população. Dores no quadril, nas nádegas, na virilha, na coxa e no joelho são alguns sinais da doença, que costuma ser diagnosticada com exames clínicos e de imagem. Apesar de estar normalmente relacionada ao envelhecimento e à predisposição genética, a artrose de quadril também pode ser desencadeada por atividades físicas impactantes, como corridas, maratonas, tênis e futebol. Outra doença de quadril que também pode ter como fator agravante exercícios que sobrecarregam as articulações em demasia é a Síndrome do Impacto no Quadril. Foi devido a este problema que há alguns meses o tenista Gustavo Kuerten foi obrigado a abandonar temporariamente as quadras e a se submeter a uma cirurgia. Os primeiros sintomas da doença são dores ou incômodo na virilha, na nádega e na face lateral do quadril. Segundo o especialista em quadril e diretor do Centro Ortopédico de Ipanema Dr. Ricon Jr., a doença ainda é pouco reconhecida e, conseqüentemente, mal diagnosticada. "Não faz nem dez anos que ela começou a ser estudada e hoje é objeto de preocupação dos médicos por ser uma das principais causas de artrose do quadril em jovens", diz Ricon. Endereçada às mulheres obcecadas por um "bumbum perfeito", a Síndrome do Piriforme - ou, no popular, "Síndrome do Bumbum Sarado" - é outra doença do quadril. Segundo o Dr Ricon Jr., a patologia é pouco comum, mas vem chamando a atenção por conta do "culto ao corpo". "O problema tem uma incidência maior em mulheres entre 20 e 50 anos que malham com muita intensidade os músculos das regiões das nádegas e coxas", explica.
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