Quando eu era criança, queria que o tempo passasse depressa pra me tornar adulta. O tempo passou. E ainda mais rápido do que eu pudesse imaginar. Mas, e agora?

O que eu faço com a idade, com a maturidade, com a consciência, com a independência, com a liberdade, com todas as coisas que eu queria tanto e, no entanto, descubro que não são tão divertidas como eu acreditava?

O que eu faço, se o caminho não tem volta e à minha volta existem coisas que podem ser mudadas, mas as pessoas são egoístas, individualistas, materialistas, manipuladoras, interesseiras, enganadoras e só mudam o que lhes interessa?

Esse não era o mundo que eu sonhava.

Mas é preciso coragem pra enfrentar a vida, cumprir o destino, não perder o tino, buscar o equilíbrio, manter a esperança. Acreditar que ainda existem seres humanos diferentes, que sejam de fato gente, que ainda tragam no coração a pureza, a franqueza e a mesma beleza de um coração de criança.