Hoje eu saí por aí chutando umas pedrinhas em busca do brilho do meu olhar, só que bati de frente no primeiro muro que encontrei, mas não o fiz das lamentações. Simplesmente, sentei-me ao pé dele e a vontade que tive foi de estirar a mão aos transeuntes, não para pedir moedas, mas pedir conversa, filosofar seria o termo exato, e com aquele que me concedesse um minuto de sua atenção trataríamos de entender e buscar através da filosofia a causa e o princípio, o porquê último das coisas, haja vista nos ser ensinado – professor Reimberto que o diga – que ela se ocupa da totalidade dos valores que regem a vida humana, busca a guerra e a paz, o bem e o mal, a alegria e a dor. Discutiríamos juntos através dela a posição do homem no universo. Qual a sua tarefa? Por que de sua existência? Finalmente, procuraríamos entender, que filosofar é perguntar sobre, é questionar a fim de encontrar uma resposta segura para o nosso agir, é o querer saber como e porque para melhor viver, é empregar esforço para entender o que estuda o que faz, o que diz e o que pensa. Também procuraríamos entender que fazer filosofia “é buscar constantemente a verdade para explicar a realidade que nos cerca. Porém jamais podemos defini-la como a posse do saber absoluto, acabado e definitivo. Nesse sentido, entende-se a postura do ser humano como sujeito da história. Homem este, que no intuito de compreender suas relações com os outros seres humanos e com o mundo, busca fazer uma reflexão crítica para construir seus valores e suas concepções”. (ainda professor Reimberto). Ah, que fique dito, nenhum transeunte dignou-se a me olhar, a me dar um minuto de sua atenção, só me restou levantar e sair tateando calçada afora.
|