Hoje, 08 de março, Dia Internacional da Mulher, o mundo prestará homenagens àquelas que lutaram para conseguir direitos iguais aos dos homens na sociedade. E apesar de serem conhecidas como o sexo frágil, elas se revelam mais resistentes quando o assunto é saúde. Isso porque, estatisticamente, as mulheres são acometidas por um número maior de doenças que geram dores crônicas e costumam lidar melhor com suas consequências no dia a dia. Segundo o Dr. Claudio Fernandes Corrêa (www.claudiocorrea.com.br), neurocirurgião funcional especialista em dor, são vários os motivos que contextualizam a predominância das dores no sexo feminino, sendo mais comuns os mecanismos biológicos (hormônios e genética), bem como as suas influências emocionais (ansiedade, depressão e pressão familiar). Desta forma, é fácil atestar a maior prevalência do sexo feminino em casos de enxaqueca (três mulheres para cada homem), fibromialgia (dor generalizada por todo o corpo e que atinge sete vezes mais mulheres que homens), dores pélvicas e dores na coluna. O especialista, que tem mais de 30 anos de atuação, explica que apesar de se expressarem mais em relação a dor, as mulheres seguem suas atividades, suas responsabilidades com mais naturalidade do que os homens, que costumam esmorecer mais frente aos processos dolorosos. “É importante destacar os aspectos sociais e emocionais envolvidos no perfil de ambos os sexos, tanto no acometimento como no lidar com suas dores, mas a experiência clínica mostra que na proporção em que são acometidas de problemas, elas se mostram mais resistentes e resignadas”, completa Dr. Corrêa. “As mulheres ainda acumulam múltiplas tarefas, entre o trabalho fora e as obrigações com a casa e família, que de certa forma, as impedem de parar”, afirma. O médico também ressalta que as mulheres levam mais a sério o tratamento, buscando mais alternativas que as auxiliem na solução ou amenização da dor, em grande parte por sua característica natural de cuidadora. Por isso, neste Dia Mundial da Mulher, o especialista reforça a importância dos cuidados multidisciplinares para aquelas que especialmente sofrem de algum problema crônico. “O tratamento especializado é essencial para que as mulheres consigam desempenhar melhor as suas atividades, com mais qualidade de vida, sem esquecer de que o apoio de seus familiares e amigos é fundamental”.
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