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Opinião
10/03/2014 - 11h06
Brasil - Para aonde vamos?
Cláudio Gonçalves
 

O momento de incerteza pelo qual passa o Brasil nos faz lembrar das ideias da escritora e filósofa americana Ayn Rand e do historiador inglês Niall Ferguson. Rand desenvolveu um sistema chamado de “objetivismo”, que enfatizava suas noções de individualismo, autossustentação e capitalismo. Em seus romances, Rand preconizava o individualismo filosófico e o liberalismo econômico. Para a escritora, o homem deve definir seus valores e decidir suas ações à luz da razão; o indivíduo tem o direito de viver por amor a si próprio, mas pode desempenhar seus trabalhos, com suas forças, para melhorar tanto a sua vida quando a dos que o rodeiam, ainda que indiretamente; que ninguém tem o direito de usar força física para tomar dos outros o que lhes é valioso.

Sobre Estado Nação, Rand escreveu: ...“Quando você verificar o dinheiro fluir para aqueles que não lidam com bens, mas com favores; quando você percebe que muitos ficam ricos pelo suborno e influência em vez de trabalho, e que as leis não o protegem contra eles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos contra você; quando você descobre que a corrupção é recompensada e a honestidade se torna um autossacrifício, então você pode dizer sem medo de errar, que a sua Sociedade está condenada”. Rand escreveu estas ideias em 1950.

O historiador inglês Niall Ferguson, em seu livro intitulado “The Great Degeneration”, traça um panorama sobre a importância da solidez das instituições para garantir a sustentabilidade de nossa sociedade. Ferguson destaca que a decadência das instituições pode levar as economias a bancarrota. Uma delas é o império das leis. Se não funcionar adequadamente, coloca em risco as demais (econômica, política e sociedade civil).

Vivemos tempos de incertezas. Incerteza jurídica, que afeta o custo Brasil e a competitividade. Incerteza econômica, com a trajetória de crescimento da inflação e da taxa de juros. Em 2013, esse último fator elevou o custo de rolagem da dívida pública e seu estoque, que fechou o ano em R$ 2,12 trilhões, alta de 5,71% em relação a 2012, colaborando para inibir os investimentos privados. A incerteza quando ao comprometimento do governo na manutenção de política econômica também se acentua, assim como a da manutenção do país no patamar atual de Grau de Investimentos.

O ambiente institucional frágil e com muitos questionamentos nos leva a pensar como o historiador Ferguson e a filósofa Rand. Este ano o Plano Real completa 20 anos. Será que vamos perder esta ação que colocou o Brasil nos trilhos? Se perdermos, devemos agradecer ao governo atual com suas políticas equivocadas e uma visão de mundo presa a ideologias do passado.


Nota do Editor: Cláudio Gonçalves é economista e professor do MBA de Gestão de Riscos e Compliance da Trevisan Escola de Negócios.

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