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Opinião
10/03/2014 - 17h00
Uma nova forma de viver
Benedicto Ismael Camargo Dutra
 

Muitos jovens consideram que algo está errado no atual sistema de vida; sentem que alguma coisa foi perdida. Não sabem mais o que fazer nem se existe algo em que poderiam acreditar. Há uma sensação de impotência e raiva, pois veem muita bandalheira sem que consigam ter esperança de melhoras, podendo facilmente descambar para as formas de ódio. De fato, algo na essência humana está encolhendo, deixando a vida áspera e vazia, mostrando a falta do Amor.

Jonathan Sacks, ex-rabino chefe da Commonwealth, disse em entrevista para uma revista brasileira, que “há o abandono de um código compartilhado de valores, que é o que liga uma pessoa a outra... Há uma perda de um sentido de lealdade e responsabilidade... A sociedade, aos poucos, começa a se dissolver, e o primeiro sinal disso é a dissolução da família. Na Inglaterra, hoje, 50% das crianças nascem fora do casamento”.

Os parâmetros e códigos de convivência que não solidificaram um padrão ético e moral fundamentado nas leis da Criação, mais cedo ou mais tarde acabam se desgastando, deixando de serem aceitos e respeitados pelos humanos que, de alguma forma, acabam intuindo que há algo errado nessa construção. Basta citar apenas a questão do divórcio. É muito complicado quando as famílias estão formadas, mas se não há amor nem consideração, o mútuo respeito tende a se deteriorar, tornando impossível a convivência a dois. Então veio o divórcio como arremedo de uma situação de conflito, em uma união que não atendia aos princípios básicos do matrimônio verdadeiro.

Os jovens não podem ficar prisioneiros das engenhosas teorias distantes da realidade da vida, sendo a liberdade, com responsabilidade e consideração, inalienável. Precisam olhar os acontecimentos com clareza. Devem ser ágeis para perceber logo o que há de errado. Ter a humildade de reconhecer os próprios erros, corrigir-se, aprender com os erros, ver as coisas com realismo, com simplicidade, sem fantasia. Estar vigilante, manter o pensamento firme, sem permitir divagações estéreis ou pensamentos malévolos. Manter a serenidade e a capacidade de ver o que se passa à sua volta e que tipo de pensamentos estão lhe impingido – se descontentamento, revolta, indiferença –, enfim pensamentos destrutivos que inibem a sua capacidade criativa e sua iniciativa. O importante é estabelecer metas, organizar os detalhes, agir com prudência.

Para o bom andamento do relacionamento humano há um mandamento básico indicado por Jesus: “ama ao próximo como a ti mesmo”, isto é, não faça a ele o que não faria a si mesmo, ou o que não quer que façam consigo. O escritor alemão Abdruschin (1875-1941) ampliou a compreensão desse mandamento explicando-o na Mensagem do Graal com outras palavras: “Concedido vos é peregrinar através da Criação! Caminhai de tal maneira, que não causeis sofrimento a outrem, a fim de satisfazer com isso qualquer cobiça!”

O desrespeito a esse mandamento, de forma velada ou explícita, acarretou as funestas consequências que estão transformando o viver numa impiedosa luta pela sobrevivência, reduzindo a vida a um vale de lágrimas. Agora estão se tornando visíveis os trágicos efeitos da forma errada de viver em desacordo com essa lei, e tudo que se opôs a ela tende a se desfazer ruidosamente. As novas gerações que, aturdidas veem essa continuada degradação, sem saber qual a causa, precisam adquirir plena consciência da atuação dessa lei, para que possam construir uma nova forma de viver sadia e pacífica. Se a humanidade se esforçasse no sentido do Amor Divino, estaria protegida, e o viver seria bem diferente, mais ameno, mais construtivo e pacífico.


Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, e associado ao Rotary Club São Paulo. Realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros “Conversando com o homem sábio”, “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”, “O segredo de Darwin”, e “2012... e depois?”. E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

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