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Opinião
11/03/2014 - 17h16
Do `pecado social´
Nivaldo Cordeiro
 

Fui ouvir uma palestra sobre as epístolas paulinas e, lá pelas tantas, a palestrante falou de “pecado social”. E insistiu que a “sociedade” pode ser considerada pecadora. Na hora rebati, dizendo que o pecado é algo individual e que não é possível que uma sociedade faça penitência e se arrependa. Disse mais: sociedade é abstração, não é sujeito de nada.

Ao chegar à casa fui direto consultar o Catecismo da Igreja Católica. Respirei aliviado, pois lá o tal pecado social não está catalogado. A teologia da libertação ainda não conseguiu esse feito.

Qual a origem da expressão “pecado social”? Creio que é a própria teologia da libertação que cunhou a expressão. Evidente que fez uma analogia para repudiar certas leis e costumes induzidos pelo Estado. Aqui está a raiz da grande confusão: leis iníquas, antinaturais, não são “pecadoras”, pois não são sujeito. São apenas legislação positiva, sem fundamento na lei natural. A macaquice legiferante do Estado moderno quer se sobrepor a Deus e moldar o mundo à imagem e semelhança daqueles que o governam, mediante leis iníquas.

Evidente que falar em pecado social esvazia o indivíduo de sua responsabilidade. Não dá para não perceber o eco da filosofia de Rousseau, cuja antropologia contraria a cristã. Para Rousseau, o homem nasce bom e é corrompido pela sociedade. Daí a cultura do coitadismo e da indulgência com que se tratam hoje os crimes, sobretudo quando o criminoso é pobre. Não ao acaso o maior dos ditos pecados sociais é a desigualdade, essa ferramenta para todos os usos dos comunistas. A igualdade pregada por Rousseau, esse falsificador da liberdade, não a igualdade cristã.

O pecado, visto pela Igreja, pressupõe a confissão e o arrependimento. E a penitência e o perdão. Claro que esse círculo não pode ser percorrido pelos supostos pecadores sociais. Como se vê, a ideia é uma simples caricatura canhestra, sem realidade correspondente.


Nota do Editor: José Nivaldo Cordeiro (www.nivaldocordeiro.net) é executivo, nascido no Ceará. Reside atualmente em São Paulo. Declaradamente liberal, é um respeitado crítico das idéias coletivistas. É um dos mais relevantes articulistas nacionais do momento, escrevendo artigos diários para diversos jornais e sites nacionais.

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