Postura errada, sedentarismo e obesidade são fatores que favorecem o desenvolvimento da escoliose
Dores e incômodos nas costas, dificuldade para respirar e alterações na posição regular dos ombros e quadril podem ser indícios de problemas na coluna. Em muitos casos, o diagnóstico é a escoliose, caracterizada por deformidade na coluna vertebral. O problema, que tem tratamento, atinge de 3% a 7% da população mundial. As informações são de Marcus Alexandre Mello Santos, especialista em ortopedia e traumatologia do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos (www.hpev.com.br), em São Paulo. A maioria dos casos é agravada por outros problemas de saúde, hábitos e comportamentos. Obesidade, sedentarismo e postura inadequada aparecem na lista de fatores de complicação. “Entre os adolescentes, a escoliose não costuma gerar dor. “Por essa razão, contamos com a observação e análise de professores de educação física e pediatras.” O especialista ainda ressalta que, na população, a média é de 7 mulheres para cada 1 homem afetados pela escoliose. De acordo com ele, essa deformidade se apresenta em três formas: idiopáticas (sem razão aparente), neuromusculares (desequilíbrios neurológicos ou musculares) e congênitas (que nasceu com o indivíduo). “Nos deparamos bastante com pessoas saudáveis que, de um dia para o outro, começam a ter dores. Ao investigar, por meio de exames de imagem (Raio-X e ressonância magnética, entre outros), descobrimos a escoliose idiopática que corresponde a 70% das deformidades da coluna.” Depois de identificado, a escoliose deve ser acompanhada por meio de exames de Raio-X. O tratamento inclui fisioterapia e uso de coletes ortopédicos para acertar a curvatura da coluna e, em algumas situações, medicações. “A cirurgia é indicada normalmente para curvas que têm probabilidade de progressão. Acima de 40 e 50 graus, fazemos intervenção cirúrgica”, revela doutor Marcus. Há quinze anos trabalhando como ortopedista, atendendo casos de deformidades vertebrais (escolioses, cifoses e outras deformidades da coluna), o médico revela que a cirurgia é eficaz na grande parte dos tratamentos. Apenas os pacientes que apresentam curvas muito elevadas podem não obter o sucesso esperado.
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