Uma em cada três pessoas morre em decorrência de doenças cardiovasculares, muitas vezes sem sintomas aparentes. Consultas periódicas ao cardiologista e check–up podem ajudar na busca de indícios. “É fundamental que as consultas cardiológicas sejam realizadas a cada três anos, a partir dos 18 anos, e anualmente, depois dos 30”, explica o cardiologista Dr. Osni Moreira, presidente da Sociedade Paranaense de Cardiologia.

A principal vítima dos problemas cardíacos ainda é o homem. De acordo com pesquisas do Instituto Dante Pazzanese de São Paulo, 60% das mortes ocasionadas por doenças cardiovasculares são masculinas, com uma média de idade de 56 anos. “Os indivíduos com mais riscos são homens mais velhos, fumantes, sedentários, com história familiar de doença cardiovascular, hipertensos, diabéticos e com alteração de colesterol. Quanto mais fatores, maior a chance de uma surpresa ruim, como, por exemplo, a de uma doença grave com evolução muito rápida”, ressalta.

Segundo o cardiologista, uma boa conversa com o paciente ajuda no diagnóstico, mas são necessários alguns exames. “Mas, caso seja observada, por exemplo, uma pressão arterial com elevações intermitentes, o cardiologista pode solicitar uma monitorização de pressão de 24h”, esclarece. Entre os mais exames pedidos estão o eletrocardiograma, teste de esforço, radiografia de tórax ou ecocardiografia.

Para estar com as taxas de pressão arterial, colesterol e glicose normalizadas, é preciso otimizar hábitos, como limitar o consumo de bebidas alcoólicas e eliminar o tabagismo, praticar exercícios físicos e emagrecer. “Atividade física regular, alimentação saudável, não fumar, minimizar estresse psicossocial, equilibrar as taxas de pressão arterial, colesterol, glicose e triglicerídeos, moderar o uso de bebidas alcoólicas, não usar drogas, em especial cocaína (pelo seu potencial de provocar infarto em qualquer idade), são maneiras de se prevenir de doenças do coração”, afirma.

Caso seja percebido algum novo sintoma, como dores no peito, cansaço, falta de ar, aparecimento ou modificação de palpitações ou batimentos cardíacos alterados, o cardiologista aconselha que o paciente procure o médico. “O check–up deve ser repetido periodicamente para confirmar o estado de saúde do paciente”, orienta.