O que penso e espero da Fundação de Arte e Cultura da minha cidade.
Nunca tive a oportunidade de conhecer bem os presidentes que passaram por lá, e apesar de poder avaliar suas atuações, algumas boas outras não muito, acredito que todos são bem intencionados e desejam fazer um bom trabalho. Certa vez, um deles, no seu discurso de posse, disse que queria acabar com as "panelas" e formar um grande caldeirão, o que não deu certo. Talvez por nossa "culinária" ser muito vasta e variada, além de não caber no caldeirão, resultou numa mistura indigesta. Já pensou, misturar uma feijoada, um vatapá, e uma galinha ao molho pardo, mais um monte de especiarias numa panela só? ARGH! Mas concordo que o mais prejudicial mesmo são as panelas, formadas pelos próprios artistas, que quando muda o Prefeito ou o Presidente escolhido não lhes agrada, deixam de freqüentar a Fundação, permitindo que uma nova panela entre e faça prevalecer somente suas opiniões e seus interesses. E coitados daqueles que ficam, (uma minoria, claro), que quando fazem uma crítica ou manifestam uma opinião diferente acabam sendo "fritados". Por isso dou a seguinte sugestão: Formarmos uma mesa muito bem posta, com todas as panelas, e que todos os artistas, folcloristas, escritores, historiadores, professores, estudantes, trabalhadores, enfim, todos que tem interesse pela arte e cultura de nossa cidade, se unam, e se sirvam democraticamente deste lindo banquete, fazendo o seu prato com aquilo que mais gostar. Nota do Editor: Jussara C. Guimarães é artista plástica e reside em Ubatuba.
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