17/08/2025  22h49
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
27/03/2014 - 11h00
O marco civil das manifestações...
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Depois de uma obstrução de meses, o Marco Civil da Internet, finalmente, foi aprovado na Câmara dos Deputados. Para isso, o governo precisou abrir mão de pontos que poderiam colocar a rede sob o seu controle ou até facilitar algum tipo de censura. Da forma que restou, o projeto – que agora passará pelo Senado e a presidenta pretende sancionar no dia 22 de abril – garante a liberdade e o direito dos usuários e meios para a reparação de problemas que vierem a ocorrer no setor. Na verdade, coloca a rede ao alcance do ordenamento jurídico nacional, através de um conjunto de regras específico. Bem empregado, o Marco poderá constituir um avanço para a sociedade.

Da mesma forma que se empenha em parametrar as atividades no meio digital, governo e sociedade precisam encontrar um meio de garantir as manifestações dos movimentos ou grupos sociais que reivindicam seus direitos, evitar que esses eventos causem o caos à comunidade e que, o interesse de alguns desrespeite o direito de toda a coletividade. Diariamente, ruas e avenidas das grandes cidades e rodovias de alta densidade de tráfego são interrompidas por pequenos grupos que pedem casa, emprego, saúde, educação e outros quesitos.

É importante levar em consideração que, por mais justas e pertinentes que sejam as reivindicações, elas jamais deveriam tumultuar a vida do restante da população, impedindo-a de exercitar o seu direito de ir-e-vir e, principalmente, de trabalhar, estudar ou fazer as coisas do seu dia-a-dia. A luta de uns não pode prejudicar a vida de outros. Pior ainda é quando os manifestantes são levados a vandalizar instalações, queimar veículos e a promover outros atos criminosos. É preciso colocar um fim nisso tudo!

As autoridades não podem fazer “ouvidos de mercador” às reivindicações vindas do povo. É seu dever ouvi-las e, com toda clareza, dizer o que podem e o que não podem resolver imediatamente e, se possível, fixar (e cumprir) prazos. Os manifestantes, nessas condições, devem saber esperar e ter a certeza de que, se partirem para a violência, serão reprimidos, em nome da ordem pública. Infelizmente, o problema vem sendo empurrado com a barriga desde que surgiram as primeiras invasões violentas promovidas pelo MST e as autoridades se acovardaram. Hoje, muitos pensam que têm o direito de, com seus interesses, criar obstáculo para toda a população. Mas não têm! E as autoridades têm o dever de evitar. Poderiam, a exemplo da internet, criar um código, ou Marco Civil, definindo o que pode e o que não pode em termos de manifestações, antes que tudo se torne absolutamente incontrolável...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.