Eu sempre fui sonhadora...

Ainda sonho muito. Não desses sonhos bobos com cavalos brancos e sapatinhos de cristal. Eu sonho com um milhão de lugares inusitados e os livros que quero ler. Sonho em andar por aí numa tarde qualquer curtindo o sol, um som... tudo muito simples e bom.

Atendo a todas as minhas vontades porque acho que estou ficando velha para ter tantos pudores e sou muito nova para me privar de atender aos meus impulsos positivos. É só isso.

Eu escrevo muito e digo que sou prolixa para descrever isso. Eu acredito que todo amor começa no paraíso e termina na consolação. Eu não devia, mas eu ainda acredito nas pessoas.

Eu não minto minha idade, meu nome, meu estado civil e nem que sou complicada. Eu gosto de cheiro de livro novo, de nadar nua, e de relâmpago. Eu estranho pessoas que falam durante os filmes e adoro mate gelado. Eu tenho sardas no rosto, olhos salientes, e amo Johnny Mathis.

Eu devo ser fake por dar tantas informações assim. Eu só posso mesmo é ser fake por entregar o que sinto.

Eu só quero aproveitar a vida. Quero sentir o sabor do bem e do bom. O que eu posso aproveitar, querer, desejar. Porque eu sei perfeitamente que não há paraísos e não haverá consolação. Haverá um dia, alguns dias, um bar, um lugar, um novo ar, um céu, um mel... e só isso ou tudo isso.

Porque eu quero mais é aproveitar porque é bom, ou não é?