Segundo informações recebidas há pouco de nossa sucursal de Teresina, prosseguem em ritmo intenso as investigações da CPI recentemente instaurada para apurar as responsabilidades sobre a chamada Operação Estrela, levada a cabo pela alta inteligência da Polícia Federal. Até o fechamento desta edição, ficou comprovado o envolvimento do Banco Imobiliário no esquema. Alguns de seus diretores já foram indiciados em inquérito, por suspeita de lavagem de dinheirinho de 500, 100, 50, 20, 10, 5 e 1 e de receptação, em seus cofres, de aproximadamente uma tonelada e meia de dados viciados, a serem utilizados para fraudar concorrências públicas para renovação da frota de helicópteros operados por controle remoto. Membros do Ministério Público afirmam que há seguros indícios de conexão entre a compra dos helicópteros e o edital de licitação para operação do sistema de trenzinhos elétricos. Em relação ao Banco Imobiliário, pairam ainda suspeitas de compra, a valores muito acima do mercado, de uma refinaria de petróleo com embalagem violada, sem manual de instruções, sem o selo Abrinq – empresa amiga da criança e cheia de rebarbas nos cantinhos. Quanto às denúncias, veiculadas ontem por diversos meios de comunicação de massa de modelar, alertando sobre a participação da construtora e incorporadora Lego nas irregularidades, o relator da comissão sugere que se proceda ao rito sumário de julgamento, ou seja, que os responsáveis sejam de imediato executados nas cadeirinhas elétricas que dão choquinho, mexem os bracinhos e funcionam com quatro pilhas médias. A mesma pena caberia, segundo ele, aos envolvidos no superfaturamento das obras de construção da via marginal na pista de autorama, escândalo cujo processo se arrasta há 3 anos e ainda se encontra sem perspectiva de julgamento em primeira instância. Resta, por fim, descobrir até que ponto todas essas irregularidades podem ou não interferir nas outras CPIs ora em andamento: a da Galinha Pintadinha e a do Cubo Mágico. Investigadores e parlamentares tentam montar esse quebra-cabeça.
Nota do Editor: Marcelo Pirajá Sguassábia é redator publicitário em Campinas (SP), beatlemaníaco empedernido e adora livros e filmes que tratem sobre viagens no tempo. É colaborador do jornal O Municipio, de São João da Boa Vista, e tem coluna em diversas revistas eletrônicas.
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