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Opinião
10/04/2014 - 07h00
Em busca da revolução ética
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

É impatriótica e desprezível a ação dos parlamentares, que tratam a CPI da Petrobras como tema de campanha. Os oposicionistas querem apurar as denunciadas irregularidades na estatal e os apoiadores do governo dizem que o real objetivo é prejudicar a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Por conta disso, querem incluir também as apurações o cartel de trens de São Paulo e os desvios do porto em Pernambuco, temas que atingiriam as candidaturas de Aécio Neves e Eduardo Campos, os principais concorrentes de Dilma. Deveriam os congressistas, com vergonha na cara, cumprir rigorosamente sua tarefa de fiscalizar e, com a responsabilidade que o cargo lhes confere, apurar a fundo todas as irregularidades chegadas ao conhecimento, observando exclusivamente o interesse público, não o eleitoral. Ainda mais: apurado e encontrados os errantes, apresentá-los à Justiça para as devidas providências. No caso de serem denúncias falsas, no mínimo, com o mesmo rigor, punir os boateiros.

A vida da maior estatal brasileira, construída com idealismo e suor dos contribuintes, não pode ser relegada ao nível do interesse eleitoral. Se essa estratégica empresa entrar em colapso, toda a economia nacional também entrará, com consequências imprevisíveis. É preciso ter certeza do que vem ocorrendo em suas entranhas e dar conhecimento de tudo à população, legítima dona daquele patrimônio. Dar ao povo a certeza de que não estamos diante daquela velha e interiorana figura da “raposa tomando conta do galinheiro”. A raposa é predadora dos galináceos, é bom lembrar...

Da mesma forma que as denúncias deveriam ser apuradas à exaustão, até para desencorajar os boateiros e autores de falsas questões, também precisamos buscar novos parâmetros para as relações entre o público e o particular. Governantes, parlamentares, ministros e altos funcionários deveriam tomar mais cuidado para não se relacionarem com doleiros, lobistas e outros indivíduos que possam ter suas atividades capituladas no código penal. Não deveriam tê-los por perto em sua vida particular e, muito menos, permitir que usem a influência de suas relações para se imiscuírem nos negócios públicos. Infelizmente esse não tem sido o comportamento.

O Brasil de hoje está enfastiado pelas malcheirosas histórias que envolvem má administração pública, cartéis, mensalões, ONGs marotas e outras maracutaias. Felizmente, temos uma imprensa diligente, que traz à tona os problemas e muitas vezes sofre injustas represálias e tentativas de descrédito promovidas pelos errantes. Precisamos, urgentemente, buscar novos parâmetros éticos, que devolvam aos políticos e administradores o respeito da comunidade e restabeleça no povo o interesse e a satisfação de votar em seus representantes...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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