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Opinião
30/03/2005 - 15h37
31 de Março - oposição e subversão
A. J. Paula Couto - MSM
 

Quando se comemora o 41º aniversário do Movimento de 31 de Março de 1964, quero aqui deixar registrada a minha singela homenagem às virtudes essenciais daquele movimento que se podem resumir na sobrevivência da democracia, que desde então passamos a usufruir, embora com as fragilidades que todos conhecemos.

E para tanto, vou me valer de um recente artigo do senador Paulo Brossard, publicado em Zero Hora, com um título que sugeria uma crítica ao recente episódio da eleição do atual presidente da Câmara dos Deputados. No artigo, além de uma ligeira referência ao episódio, aproveitou o espaço para desfilar uma série de críticas pesadas aos governos da Revolução de 64, apegando-se aos conhecidos chavões de "ditadura militar" e "anos de chumbo" que o ilustre articulista sabe usar com veemência.

A natureza crítica do artigo não lhe permitiu lembrar que em pleno governo da Revolução, que acerbamente critica, como senador e líder da oposição fazia da tribuna críticas até bem mais veementes à ditadura as quais, tanto quanto eu saiba, não recebia a menor pressão para coibir, enquanto correligionários seus eram até cassados por excederem os limites daquilo que o governo considerava como oposição, considerada legítima por se limitar à exposição crítica de idéias, sem estímulo aos atos subversivos. Nessa função desfrutava da amizade, numa relação de mútuo respeito com o líder do governo na mesma casa, senador Jarbas Passarinho, que veio a ser brilhante ministro de vários governos da revolução.

A sigla que representava, o MDB, partido criado pela Revolução justamente para permitir o exercício da oposição, também abrigava conhecidas facções comunistas revolucionárias, empenhadas em atos sangrentos de luta armada. Não me consta que tenham eles merecido qualquer palavra de condenação do senador, o que distinguiria seu papel de oposição da adesão a tais atos de luta armada, correspondendo assim à distinção que o governo soube fazer.

Reconheço que lhe seria difícil fazê-lo, pois era comum na oposição considerar tais atos como integrados na luta pelo restabelecimento da democracia. Embora não pudesse escapar à sua arguta inteligência que as diversas siglas de grupos revolucionários, na realidade, lutavam para instituir um regime comunista no país.


Nota do Editor: A. J. Paula Couto é Gen. de Divisão do EB, membro fundador da Academia Brasileira de Ciências Morais e Políticas e autor, dentre outros livros, de "A face oculta da estrela", (Gente do Livro, 2001).

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