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Opinião
25/04/2014 - 17h02
Radicalizar para mudar
Afonso Motta
 

Sobre a Petrobras, a direção confessa que Pasadena, a refinaria com investimentos de 1,9 bilhões de dólares, foi um péssimo negócio. E a oposição quer uma CPI para apurar as responsabilidades pelos prejuízos causados na maior empresa nacional e aos seus acionistas. Este é o debate que o governo deseja, para que o tema se perca em longas e infindáveis discussões no Congresso Nacional, palco inesgotável de mazelas produzidas em grande parte pelos próprios parlamentares que compõem o atual sistema político. Tudo passa pelas coalizões governamentais, onde se alinham os interesses programáticos. Para sustentar todo este “sistema” é preciso arrecadar e distribuir os recursos, especialmente em tempos de campanha eleitoral. Como o Mensalão, que todos sabem, a combinação ocorreu quando as fontes de recursos escusos escassearam. Quando os tratos não foram cumpridos ocorreram as denúncias. E como agora na Petrobras, bastou a mais singela investigação para o escândalo vir à tona. A Petrobras e todas as outras fontes, na verdade passaram a ser utilizadas como ferramentas políticas. Os cargos são loteados entre os partidos da base, pela singela razão de desviar os recursos e canalizar para as campanhas. No caminho, normalmente os agentes não resistem à tentação e uma parte fica em seu poder ou de seus familiares caracterizando de forma flagrante o enriquecimento injustificado. São tão precários os procedimentos, que basta investigar para constatar a súbita evolução patrimonial. É um doleiro que todos sabem ser operador. Um grande magnata que vivia de influências, que vai a bancarrota e dá um calote no dinheiro público e em milhares de acionistas, que tiveram fé e garantias governamentais. São os grandes financiamentos dos bancos estatais que podem acobertar comissionamentos e vantagens. As grandes obras inacabadas em que consórcios são elaborados para o fim específico e os contratos beneficiam apenas um seleto grupo. Os programas, como o de aceleração, que parte das obras licitadas já saem carimbadas de Brasília. Enfim, não é suposição, é evidência. São os fatos. E eles estão a demonstrar que a questão não se resolve no debate. Estes procedimentos de investigação ou de CPI só vão manter as coisas como estão em benefício dos aproveitadores e em prejuízo do interesse público. Urge a reforma do sistema político nacional, mas reforma política e não eleitoral. Fim das coalizões, mandato sem reeleição, revisão no critério das representações parlamentares por estados federados, novos critérios para a remuneração dos parlamentares, transparência total e punição exemplar para os corruptos e corruptores. Só uma faxina geral para renovar o sistema político. Dá para mudar. 


Nota do Editor: Afonso Motta é advogado e produtor rural.

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