Isso é só o começo!
Nenê Velloso |  |
Sr Sérgio Caribé, eu também lamento a morte dos seus dois amigos, mas nós, do Planejamento e Urbanismo do governo Matarazzo, há exatamente 37 anos, fizemos a nossa parte (acompanhe o croqui). Se o nosso projeto tivesse sido implantado, o seu amigo teria chegado a tempo na Santa Casa. Quanto ao outro, que conseguiu a façanha dessa travessia, chegando com vida, também morreu pelo estado deplorável do pronto socorro, e sem condições de atendimento em tempo hábil, e quanto mais de uma UTI. Foi o que o senhor declarou no Jornal AGITO UBATUBA, na edição nº 11, em 18/02/2005. Só nossos políticos ainda não se deram conta disso. Como o senhor bem sabe, através da resolução 03/04 foi constituída uma comissão para apurar possíveis irregularidades e realizar estudos e propor soluções, faltando apenas quatro meses para as eleições, já era de se esperar, que nada seria apurado. Considerando que a situação da Santa Casa é mais política do que administrativa, portanto não há interesse de se fazer uma investigação profunda, e nem aplicação de normas rígidas no controle do atendimento, porque se perdem votos, e também não se proíbe os ciclistas na contramão da rua. Prof. Thomaz Galhardo, pelo mesmo motivo. E a cidade que se "exploda". A cidade está aí por testemunha, quase 40 anos pós Matarazzo, se encontra totalmente destruída. Todo mundo sabe, que pessoas de outros estados, com predominância do norte de Minas Gerais, aproveitando-se dos parentes e amigos aqui radicados, marcam suas consultas, e vão superlotando nosso sistema de saúde já debilitado. O pior aconteceu dia 25/01/2005, foi publicado no jornal, Imprensa Livre, em 10/03/2005, que um vereador mandou uma viatura pública ir até a cidade de Carlos Chagas - MG, buscar um doente para ser atendido na nossa Santa Casa. Uberlândia, uma das principais cidades do triângulo mineiro, também tinha problemas de superlotação. Lá, o prefeito não dormiu no ponto, convocou o secretário da saúde, vereadores, sindicatos e outras autoridades, e determinaram, que para se marcar uma consulta, o paciente deveria apresentar uma conta de luz, que no mínimo comprovasse seis meses residindo na cidade. Foi um sucesso! No dia seguinte, a Santa Casa vazia. Medidas como esta já foram adotadas em Ribeirão Preto, e demais cidades do oeste paulista, com sucesso absoluto, e nenhum político perdeu voto. E agora? Para se fazer o prolongamento da Av. Prof. Lauristano, que se encontra parada na Rua Eng. João Ortiz, veja o croqui, Sr. Sérgio Caribé (em breve estaremos publicando 8 croquis, de diferentes locais da nossa malha viária, considerada problema para o futuro). Este projeto foi aprovado pela Câmara em 05/10/1967, e até hoje ignorados pelos sucessores. Os engenheiros da prefeitura, daquela época, diziam: isso é um sonho do Roberto Nelsen (autor do projeto) e ainda hoje, os mesmos engenheiros e outros, repetem essa imbecilidade, foi um sonho! E se o senhor quiser saber mais sobre o projeto da nossa malha viária, ligue para 3832-1975. O projeto da malha viária foi elaborado por um topógrafo e dois desenhistas, e nossos engenheiros e prefeitos pós Matarazzo, foram incapazes de implantá-lo, muito menos de apresentar um substituto. Mas, esbanjaram capacidade para destruí-lo.
Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
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