Muitas vezes a carência nos faz ver coisas que não existem. Tudo tem importância, até quando achamos que a “coisa” é muito insignificante. Quando estamos num momento de encantamento sentimos como se fôssemos dona do pedaço, dona do mundo, que podemos tudo. Na realidade o momento se eterniza diante de nossos olhos e achamos que aquilo vai durar pra sempre. Não é bem assim. Tudo tem um prazo de validade, os momentos, os amores, as amizades. Muitas vezes não por falta de amor, mas, pela distância, por caminhos opostos que traçamos dessas pessoas que estão tão ligadas a nossa vida. Sou tão importante quanto uma porta no lugar certo, uma janela com vista para o mar, um barco para um pescador. Somos importantes para tantas pessoas e com finalidades diferentes. Sou importante para as pessoas que dependem de mim, emocional ou financeiramente. Cuidado! Somos sim importantes, mas somos também momentaneamente importantes, ou seja, nos momentos exatos, naqueles momentos que me referi acima, nos momentos de encantamento, nas horas certas, nos minutos certos. Temos que ter consciência de que somos substituíveis, provisórios. Na realidade somos comuns, simples assim. Pessoas comuns. Não deixo de ser importante porque sou comum, porque sou simples, ou porque sou mais uma na imensa cadeia humana. Sou importante pra mim.