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Opinião
29/04/2014 - 11h02
Como lucraria o Brasil!
Carlos Eduardo Schaffer - ABIM
 

Viena – Nas recentes eleições na Hungria (6/4/14), o partido da Aliança de Jovens Democratas (Fidesz), sob a liderança do primeiro-ministro Viktor Orbán, conseguiu com folgada margem mais quatro anos de governo ao conquistar 44,54%, dos votos, enquanto a aliança das esquerdas obteve apenas 25,99%. Por sua vez, o Movimento por uma Hungria Melhor (Jobbik) obteve 20,54% dos votos e o Partido Liberal (LMP), de linha ecologista, 5,26%. Pequenos partidos que não conseguiram mandatos totalizaram 3,67% dos votos.

Quanto ao número de cadeiras no Parlamento, a situação do partido ganhador é ainda melhor: 133 cadeiras (66,83%); o Jobbik obteve 38 (19,10%) e o conjunto das esquerdas com 28 (14,07%). O partido Jobbik tem fortes traços fascistas, como racismo, xenofobia, anti-semitismo, uso de uniformes de tipo fascista em manifestações públicas e ostentação de força, chegando mesmo a usá-la, especialmente contra os ciganos, os quais considera indesejáveis no país embora constituam eles cerca de 8% da população.

Em abril de 2011, o Fidesz conseguiu – com a necessária maioria de dois terços dos deputados – aprovar modificações na Constituição, dando-lhe um caráter nitidamente cristão. O novo texto constitucional reconhece em Santo Estêvão (969–1038) o fundador da nação enquanto reino católico integrado na Europa Cristã e o papel do Cristianismo na preservação do país; afirma que a coroa de Santo Estêvão é o símbolo nacional e da unidade pátria.

Orgulha-se de ter defendido a Europa de seus inimigos e colaborado para o seu desenvolvimento; protege a vida desde a concepção até a morte natural; define a família como sendo a união consentida de um homem e uma mulher baseada nos conceitos de fé, fidelidade e amor; encoraja a formação da prole; declara inválida a constituição comunista de 1949; louva o levante anticomunista de 1956.

A nova Constituição denuncia ainda a decadência moral de nosso século e afirma a necessidade de uma renovação moral e intelectual; estabelece como elementos constitutivos do brasão da Hungria, entre outros, um escudo com uma cruz patriarcal no lado direito, tendo na base uma pequena coroa e o todo encimado pela coroa de Santo Estêvão, sempre chamada de A Santa Coroa.

Estabelece como feriados nacionais, entre outros, a festa do santo em 20 de agosto e a comemoração do levante anticomunista de 1956, em 23 de outubro; fixa como moeda nacional o Forint, evitando assim que a Hungria entre algum dia na zona do Euro (o que dificilmente poderá ser alterado, pois não se vê qualquer possibilidade de algum partido de esquerda conseguir a necessária maioria de dois terços para modificar os parágrafos desta Constituição).

Põe a livre iniciativa como base do sistema econômico; defende o direito de propriedade e de herança; afirma que desapropriações só podem ser feitas em casos excepcionais definidos por lei e com total e imediata indenização; afirma o direito dos pais de determinarem o modo de educar seus filhos.

O primeiro-ministro Viktor Orbán tem pronunciado em diversas ocasiões discursos de caráter bem conservador, o que o torna muito popular. Chegou a propor “uma renovação da cultura e da política baseada em valores cristãos para salvar a Europa do colapso econômico, moral e social”.

Como lucraria o Brasil se um governo pudesse seguir o exemplo de Viktor Orbán e de Fidesz nos pontos acima mencionados! Mas é preciso ver que nem tudo na Hungria vai tão bem como as palavras de seu primeiro-ministro poderiam levar a imaginar.


Nota do Editor: Carlos Eduardo Schaffer é jornalista e colaborador da Agência Boa Imprensa – (ABIM).

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