25/12/2025  23h36
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
01/05/2014 - 08h00
Brecar a escalada da violência
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Quando ocorreram as primeiras manifestações de rua, no ano passado, as autoridades, inclusive a presidente Dilma Rousseff, defenderam o direito democrático do povo se manifestar e protestar pacificamente pelos seus direitos. Mas, hoje, o que temos pelas ruas, praças e avenidas é desordem, e está muito longe do pacífico, do ordeiro e até do democrático. A turba é insuflada a transformar suas bandeiras em instrumento de guerra, bloqueando vias públicas, sitiando repartições e pressionando servidores e autoridades. Quando isso ocorre, não há nada mais a fazer do que colocar em ação a polícia, como último recurso para o restabelecimento da ordem. Aí a polícia, invariavelmente, é acusada de cometer excessos.

Toda essa desobediência civil é promovida por grupos que extrapolam os limites democráticos da reivindicação e partem para a pressão violenta sobre autoridades e o próprio povo, calcada no fogo, na barricada, no vandalismo e na periclitação da segurança. São ações com preparo prévio, como o acúmulo de pneus, madeiras e outros objetos para serem queimados em locais estratégicos, que poderiam ser previamente impedidas. Aliás, o que tem faltado ou negligenciado é o trabalho prévio de inteligência para evitar que as reivindicações – muitas delas justas – sejam transformadas em instrumento de instabilidade política e social.

É dever das autoridades identificar e conhecer as reivindicações da sociedade e procurar atendê-las na medida do possível e com toda transparência, informando claramente aos interessados o que pode e o que não pode se fazer. Essa simples atitude – incluindo a utilização do espaço publicitário governamental e até da cadeia de rádio e TV –, além de dar uma satisfação à intranquila sociedade, pode evitar que a massa incauta caia nas mãos dos produtores do caos e seja levada a tumultuar a vida de toda a coletividade, que nada tem a ver com suas reivindicações e nada pode fazer em favor delas. É obrigação do governo e das autoridades serem transparentes em seus atos e, para sua segurança, identificarem de onde vem o dinheiro para a montagem dos protestos, o que fazem seus organizadores, do que vivem, para quem trabalham e quais os objetivos. Eles e seus mentores e/ou financiadores precisam ser exemplarmente responsabilizados pelos prejuízos e sofrimento que causam à população.

As manifestações começaram contra o aumento do preço nas passagens de ônibus, avançaram em oposição à realização da Copa do Mundo, têm ganho motivações das mais diversas e, preocupantemente, vêm crescendo em violência. Deixaram de ser puras reivindicações e precisam receber a mais justa e séria análise e encaminhamento, antes que seja tarde e não haja mais o que fazer...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.