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Opinião
03/05/2014 - 08h00
Governo, povo e comunicação
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Todos os governos – federal, estadual e municipal – têm o dever de prestar contas de seus atos à sociedade e, principalmente, ao eleitor que, com o seu voto, elege os governantes. A comunicação desejada, no entanto, está muito longe das peças de marketing e das fantasias que hoje se produz para massagear o ego dos que governam e enganar o povo. Em vez da propaganda com artistas famosos que, comparadas ao dia-a-dia, dão a impressão que falam de outro lugar, os espaços publicitários governamentais deveriam, obrigatoriamente, ser usados para comunicados de interesse da população. O governante e seus auxiliares teriam de ali comparecer para orientar o povo, prestar contas do que fazem e até para justificar aquilo que não podem fazer.

É preciso estabelecer o olho-no-olho entre os governantes e o povo. Acabar com a falsa imagem de que a autoridade é alguém infalível e bem intencionado, que acerta sempre e não precisa ouvir os reclamos da população, embora diga ouvi-los mas, na prática, faça só aquilo que interessa a si próprio, ao seu grupo ideológico ou a propósitos menos nobres. A voz das ruas, que os governos dizem entender, está cada dia mais ruidosa e ameaçadora. A falta de uma resposta imediata para as reivindicações tem criado caldo de cultura para as passeatas e protestos mais violentos. E as ladinas autoridades parecem fingir não ter entendido a gravidade do momento. Tanto que continuam com seus discursos antigos, como se soubessem lidar com essas demandas. Há, agora, o exemplar caso do prefeito de São Paulo (negado por ele), que teria mandado os manifestantes que o procuraram na Prefeitura ir pressionar a Câmara de Vereadores, e deu em distúrbio.

Temos um grande país, tanto em extensão territorial quanto em oportunidades e diversidade. É preciso muita seriedade e isso é o que tem faltado. Os sucessivos escândalos de corrupção, o divórcio dos governos e dos políticos em relação ao povo e a falta de solução para os problemas básicos nos levam a um terreno escorregadio e perigoso. O cidadão não quer propaganda ufanista, partidária ou eleitoreira. Ele precisa de informação que possa orientar o seu rumo de vida. É para isso que deveriam servir as verbas publicitárias e a formidável estrutura de comunicação oficial. Estamos fartos de ouvir autoridades e propaganda contando os “feitos” do governo. Precisamos saber o que os governos estão realmente fazendo, como estão fazendo e até o porquê não fazem coisas que são de sua obrigação. Sem isso, a explosão social que hoje se ensaia, será inevitável...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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