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Opinião
10/05/2014 - 08h00
Como lidar com as demandas sociais
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Os encapuzados depredaram 467 ônibus, durante a greve de motoristas e cobradores, no Rio de Janeiro. Atos de selvageria têm se tornado, cada dia, mais comuns em nossas cidades. Queima–se ônibus, automóveis, carros oficiais e depreda–se bancos, concessionárias de veículos, terminais de passageiros e tudo o que se encontra pelo caminho. A isso acrescentam–se os bloqueios de vias públicas vitais e a ocupação de repartições públicas. Tudo acontecendo sem que haja conseqüências para os executores, a não ser em casos pontualíssimos como o do cinegrafista morto pelo morteiro lançado por dois irresponsáveis, hoje presos e processados.

Preocupante é que os atos de insubordinação e barbárie vêm num crescendo vertiginoso. A partir das manifestações contrárias ao reajuste nas passagens do transporte público, outras questões foram colocadas como combustível para a desordem e tudo sucede como se fossem acontecimentos de pura normalidade. É preciso encontrar um ponto de equilíbrio e obter a cessação dessa prática. O regime democrático sugere que a população seja ouvida em suas reivindicações. As manifestações, da forma que vêm se alastrando, sugerem que os reclamos não têm sido ouvidos ou, então, as autoridades e governantes não têm dado o necessário encaminhamento às questões apresentadas. É preciso observar se isso está ocorrendo e buscar a forma mais transparente e convincente de atender e encaminhar as demandas. Evidente que não há como atender a todas, mas é obrigação dizer isso claramente, até para que os reivindicantes revejam suas posições e busquem outras alternativas a seus problemas.

No dia em que a população, os ditos movimentos sociais e todo aqueles que reivindicam se sentirem respeitados e ouvidos, será mais difícil radicalizarem a ponto de sair quebrando tudo. E se o fizerem, o governo e as autoridades competentes terão em mãos os argumentos necessários para justificar o uso da força. É importante lembrar que a polícia deve ser o último recurso, quando todos os demais tiverem falhado. Sua ação deve ter a força e a energia necessárias para restabelecer a ordem e, inclusive, sustentar a própria democracia. Contudo, se governo e forças da sociedade não se unirem e, com toda sinceridade e clareza, discutirem as demandas sociais, a conturbação aumentará e a ruptura tornar–se–á, cada dia, mais inevitável. Pior para todos nós... 


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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