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Opinião
13/05/2014 - 07h04
Quem tem medo do tigre de papel?
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Em 1984, quando tentava se viabilizar como candidato do PDS à presidência da República, em sucessão a João Figueiredo, o vice-presidente Aureliano Chaves se irritava quando lhe sugeriam que, segundo as pesquisas, seu adversário Paulo Maluf estava mais forte entre os convencionais que indicariam o candidato. “Pesquisa é tigre de papel, e eu não tenho medo delas” – enfatizava Aureliano que, na convenção perdeu para Maluf, que seria nocauteado por Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, encarregado de eleger indiretamente o presidente. Desde os tempos do regime autoritário, os institutos de pesquisas têm importante significado no quadro geral. Chegaram a errar feio nas eleições de 2004 e 2008 e outras mas, mesmo assim, dão uma tendência nada desprezível.

Imbatível meses atrás, Dilma Rousseff vem caindo seguidamente nas pesquisas e hoje é atropelada pelo “volta Lula”, fogo amigo dos petistas que perderam espaço no seu governo. O ex-presidente FHC acha que nem Lula, com todo o seu carisma, tem a eleição como certa, caso seja candidato no lugar de Dilma. As candidaturas de Aécio Neves e Eduardo Campos crescem, segundo os institutos. Na verdade, vivemos mais uma vez o embate antecipado da propaganda eleitoral que é proibida antes de 5 de junho, mas acontece por vias subliminares.

Na sociedade globalizada e com comunicação rápida, a missão dos institutos de pesquisa é cada dia mais difícil. Suas amostragens têm base científica e representam uma “fotografia” do momento em que os eleitores foram consultados nos diferentes pontos do país. Basta, no entanto, um acontecimento de grande porte ou algo positivo ou negativo em relação a qualquer dos concorrentes, para que os componentes dessa dita fotografia se alterem. Dilma é a mais sensível a isso, pois reúne as vantagens, mas também as desvantagens, de estar à frente do governo. Se priorizar a campanha não governa; se governar pode perder as eleições.

Além do cenário nacional, também existem, neste ano, os panoramas estaduais. Os 26 Estados mais o Distrito Federal também têm suas disputas de governador, senador e deputado, e os institutos fazem papel destacado na previsão do que ocorrerá no dia da votação. Muitos candidatos têm suas pesquisas próprias para corrigir o curso da campanha. São as “fotografias” de cada momento que, quem não estiver habilitado a interpretar e delas tirar proveito, certamente se arrependerá, como deve ter ocorrido, há 30 anos, com Aureliano Chaves...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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