Mal-estar, febre, tosse, coriza e dor de cabeça. Esses sintomas da gripe costumam "derrubar" qualquer pessoa, principalmente os idosos que, mesmo saudáveis, associam-se ao grupo com baixa resistência imunológica. "Não existe cura para essa doença, o melhor seria o tratamento preventivo, mas isso requer, uma boa alimentação, exercícios físicos, e sempre um agasalho na mão. No caso dos idosos, só esses cuidados não bastam, a melhor prevenção é a vacinação". Afirma a médica pneumologista do CESCS, Centro de Especialidades de São Caetano do Sul, Magali Nunes. A Clínica Cevaci - Centro Especializado em Vacinação e Infectologia, pioneira na região do ABC com quatro unidades espalhadas em Santo André e São Bernardo do Campo, realizou recentemente a I Jornada de Imunização do ABC para médicos da área, preocupados com as complicações médicas que ocorrem neste período, principalmente em idosos. O Dr Djalma Rodrigues Pinto Neto, coordenador do evento e do Cevaci e também um dos médicos do CESCS, alerta sobre a importância de se prevenir a gripe através da vacina. No Brasil, a vacina contra a gripe foi introduzida em 2000. No ano passado, apenas no primeiro dia, foram imunizadas 543.840 pessoas. Dados do último ano da campanha mostram que 90% das mortes, advindas da gripe, ocorrem em pessoas com mais de 60 anos. "O tratamento é indispensável, de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente, prescrevemos alguns remédios que servem apenas para diminuí-los. Com os idosos é preciso um diagnóstico rápido devido ao perigo de graves complicações, como a pneumonia" diz a médica. A gripe pode ser transmitida por tosse, espirros, fala ou por respiração, pois qualquer pessoa pode contrair a doença simplesmente por estar no mesmo ambiente em que há alguém gripado. O vírus causador da gripe, o influenza, sofre várias mutações de um ano para o outro, por isso a importância de se renovar a vacinação todos os outonos, que é a época onde há mais incidência da doença. A Organização Mundial da Saúde recomenda a vacinação de todos os indivíduos com mais de 65 anos e crianças. No Brasil, o Ministério da Saúde se responsabiliza pela imunização gratuita de todas as pessoas acima de 60 anos, este ano a campanha começa em abril. Alguns países, como os Estados Unidos, aconselham a vacinação da população a partir dos 50 anos e de todos os indivíduos com risco de complicações, independentemente da idade. Nesse último grupo, incluem-se os portadores de doenças crônicas, como diabetes, bronquite crônica, enfisema, asma ou doenças renais ou cardíacas, alcoolismo entre outras.
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