Parece estranho que mesmo estando na segunda década do século XXI ainda tenhamos que discutir a discriminação racial em um País que recebeu de braços abertos povos de todas as partes do mundo que aqui vieram para nos ajudar a construir o Brasil que somos hoje. Os povos que vieram na Europa e de outros continentes são aqui recebidos como verdadeiros brasileiros não havendo nenhum ato de racismo ou discriminação. São raríssimas exceções. Mas, ao contrário disso, existem estudos e trabalhos de universidades brasileiras que mostram que aqui no Brasil existe um forte ingrediente racista contra os negros. O racismo apesar de ser considerado crime e estar na Constituição Brasileira, em sua legislação Cível e Criminal é praticado de forma velada contra milhares de homens, mulheres e crianças que são violentadas diariamente por palavras e ações que já deveriam ter desaparecido de nosso dia a dia. Essa situação cruel sentida por nós da raça negra não é somente aqui no Brasil, em outros países temos visto nas mais diversas nações a odiosa manifestação racista contra jogadores de futebol negros. Todos são contra, acham revoltante, mas inconscientemente também agem de forma velada dessa mesma maneira. Não adianta leis, não adianta punição o que realmente é necessário é que as pessoas se conscientizem que SOMOS TODOS SERES HUMAMOS, nascemos e vamos para o mesmo lugar independentemente de raça, cor ou condição social. Nota do Editor: Tati Braga é pedagoga e promotora de eventos em São Paulo. Foi entrevistada pela Folha de S.Paulo em 6 de maio de 2014 - “Uma princesa de cabelo Black Power luta contra o racismo.”
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